Destaque no gol tricolor, Vanderlei fala sobre início no Grêmio
Jogador é titular desde o início da temporada, em uma posição

Vanderlei foi uma das contratações mais esperadas do Grêmio para a temporada. Com 35 anos, o goleiro que estava no Santos veio para suprir um grande problema no elenco tricolor.
Com a saída de Marcelo Grohe, no início da temporada passada, a titularidade no gol gremista ficou com Paulo Victor. O goleiro, no entanto, não conseguiu suprir as expectativas de ser o camisa 1 tricolor, falhando em momentos decisivos e gerando descontentamento da torcida.
Julio César, o seu reserva para a posição, também não agradou, colocando a comissão técnica e diretoria em uma posição perigosa. Se um bom time começa por um bom goleiro, como a equipe poderia alcançar outro patamar se possuía dificuldades na posição?
Dessa forma, a diretoria foi atrás do experiente arqueiro. Com seis partidas como titular, Vanderlei conseguiu agradar a torcida, e em algumas oportunidades ajudou o tricolor a chegar ao caminho das vitórias. Mesmo na derrota contra o Caxias, no último sábado, o jogador foi considerado o melhor em campo.
Dias antes da final, ele foi entrevistado pela RBS TV, canal afiliado da Rede Globo no estado do Rio Grande do Sul. Vanderlei teve a oportunidade de falar sobre a sua chegada a Porto Alegre, além da sua relação com os jogadores do elenco e seu difícil ano de 2019, confira!
Depois de um 2019 como reserva, Vanderlei fala sobre momento em um novo clube

Vanderlei foi titular no Santos desde que chegou, em 2015. Em 2017, foi considerado o melhor goleiro do Campeonato Brasileiro. Mas, com a chegada de Jorge Sampaoli, o jogador foi colocado na reserva, pois o treinador argentino preferia um nome para a posição que jogasse com os pés. Ele falou sobre esse momento, declarando que, mesmo perdendo a titularidade, sempre tentou fazer o melhor no clube santista.
– É sempre complicado porque você tem uma história e uma sequência de jogos. Mas futebol tem dessas. Não temos muito o que fazer. Às vezes não concordamos, mas temos que respeitar. O trabalho continua. Quando a gente assina um contrato não quer dizer que a gente vai ser reserva ou titular. Espero sempre ajudar. Foi o que procurei fazer, independente de jogar ou não, sempre treinar no meu melhor, ajudando o Éverson. A vida segue. Foi um ano de aprendizado, um ano difícil, mas mais uma experiência. É passado. É deixar o Sampaoli seguir a vida dele e eu seguir a minha. Estou feliz aqui no Grêmio. Quero procurar fazer a minha história aqui.
A chegada no Grêmio foi no começo de 2020, e sua ascensão a posição de titular foi rápida. Com Paulo Victor lesionado e Phelipe, destaque da base gremista, com a seleção brasileira, o espaço para Vanderlei apareceu. Mais um nome na concorrência, ele falou sobre a relação com os outros goleiros, afirmando ter uma “briga sadia” pela meta gremista.
– Relação muito boa. O Júlio (Cesar) também, Phelipe, todos me receberam muito bem. Isso tudo é normal no futebol. Todo grande clube contrata e busca grandes jogadores. A briga é sadia. Isso eleva a qualidade de cada um. Fico feliz de estar em um ambiente tão bom e um grande clube. Todos goleiros tem uma qualidade muito grande, o próprio Mauri, treinador, tem nos ajudado muito.
Ao chegar em Porto Alegre, Vanderlei teve a sorte de reencontrar dois velhos conhecidos de futebol: David Braz e Victor Ferraz. Com o lateral, o jogador atuou nos últimos dois clubes de sua carreira, conquistando títulos importantes por Coritiba e Santos, chegando em três finais de Copa do Brasil. O goleiro falou sobre a relação com os companheiros.
– São amigos. É importante. O Ferraz é o terceiro clube que jogamos juntos, tínhamos jogado no Coritiba e no Santos, e o Braz só no Santos. Agora estamos no Grêmio. São meus amigos pessoais, as nossas famílias se dão bem. Ajuda no dia a dia. A resenha flui mais fácil. Fora que o ambiente aqui é muito bom. Fui bem recebido, não só pelos jogadores como funcionários, comissão técnica, diretoria. O entrosamento é fácil e bem tranquilo.
São sete partidas à frente da meta gremista. Nesse período, foram seis gols sofridos, principalmente nas primeiras partidas. Mesmo assim, a torcida gremista tem em Vanderlei a esperança de dias melhores. No Gre-Nal, o goleiro foi um dos melhores em campo. Perguntado se as boas atuações podem colocá-lo no patamar de ídolo gremista, o jogador declarou que existe um árduo caminho para chegar nesse status.
– Lógico que a gente sempre quer se tornar ídolo. É importante para a carreira. Ainda mais eu que fiquei muito tempo nos clubes. Não fui de rodar muito. Espero permanecer muito tempo aqui. Claro que o caminho ainda é árduo. É importante começar bem no clássico, vencer, é importante individualmente. Não só no meu caso, mas fizemos um grande Gre-Nal. Merecíamos a vitória. Vínhamos de alguns tropeços e oscilações, mas na hora que precisou para o clássico, todos fizeram um grande trabalho.
Agora, o objetivo de Vanderlei e outros jogadores será a disputa do segundo turno do Campeonato Gaúcho e da Taça Libertadores. No próximo dia 29, a equipe gremista voltará a Arena para enfrentar o Juventude, para tentar chegar à final da competição estadual. No dia 3 de março, o desafio será na Colômbia. O time viaja para a disputa da primeira rodada da competição continental, onde enfrentará o America de Cali, buscando o quarto título do torneio.
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