terça-feira, setembro 2

Saúde reforça orientações para vacinação contra o sarampo em Londrina

Para manter Londrina e o estado do Paraná livres de novos casos de sarampo, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) reforça a importância da vacinação contra a doença, que havia sido erradicada nacionalmente em 2016. Desde janeiro desse ano, o Brasil soma 25 casos confirmados, sendo 19 deles só em Tocantins, o que coloca o país em estado de alerta. Além disso, países vizinhos, como Paraguai, Argentina e Bolívia, também registram surtos da doença viral.

A vacina segue como forma mais eficaz para prevenção contra o sarampo, e regularmente as doses são aplicadas em bebês, aos 12 e 15 meses. Diante das recentes ocorrências, em junho foi implementada a dose zero para a faixa etária de 6 a 11 meses, que segue disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município.

Foto: Thiago Paes/ Estagiário NCom

Na última semana, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) destacou a importância de que o público na faixa etária de 20 a 29 anos também esteja vacinado contra o sarampo. De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde da SMS, Fernanda Fabrin, essa medida é necessária porque esse grupo concentra a maior incidência dos casos de sarampo no país.

“Até os 29 anos, a pessoa tem que ter duas doses da vacina. De 30 a 59, uma dose, e o profissional ou trabalhador de saúde, de qualquer serviço de saúde, também tem que ter uma dose. Por isso que é importante a pessoa identificar na sua carteirinha de vacina se tem esse histórico vacinal de duas ou uma dose, a depender da faixa etária, e procurar a unidade de saúde caso tenha dúvida ou caso não tenha esse esquema. A forma que nós temos de prevenção é a vacina”, ressaltou Fabrin.

Quanto à aplicação da dose extra para os bebês, a diretora de Vigilância em Saúde da SMS explicou que ela é fornecida exclusivamente na rede pública de saúde. “Se você tem um filho na faixa etária de 6 a 11 meses, procure a unidade de saúde que ele vai poder receber essa dose zero, uma dose extra, antes do esquema de rotina preconizada. A dose zero veio numa estratégia de rede pública, então quem faz as vacinas no serviço privado é importante procurar a dose zero na unidade de saúde mais próxima da sua residência”, detalhou.

Atualmente, Londrina possui cobertura de 88% para a primeira dose contra o sarampo, e de 66% para a segunda dose. O município finalizou 2024 com cobertura de 98% para a primeira dose e 81% para a segunda dose.

Foto: Thiago Paes/ Estagiário NCom

Quanto aos casos de sarampo, a última confirmação na cidade ocorreu em 2020. Em 2025, Londrina teve três notificações para doenças exantemáticas, que incluem sarampo e rubéola, e todas já foram descartadas.  “É importante a população se atentar aos sintomas, que são febre com exantema macropapular, acompanhado de coriza e conjuntivite, aquela vermelhidão nos olhos. Muitas vezes, a pessoa acaba confundindo com alguma outro síndrome respiratória, com quadro gripal. Mas se ela tiver viajado para alguns países nas nossas fronteiras, ou teve contato com alguém que foi até algum desses países, é importante informar na sua avaliação, pois muda todo o protocolo de notificação e de exames, para se descartar ou confirmar a doença”, ressaltou Fabrin.

Como não há um imunizante exclusivo para proteger contra sarampo, a imunização é feita com vacina tríplice viral, que abrange também a caxumba e rubéola, ou tetra viral, que inclui a varicela (catapora). As salas de vacinação das UBSs ficam abertas de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h30.

Dados – Levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) com dados até 15 de agosto mostra que, no continente americano, foram registradas 17.198 notificações de sarampo, com 10.347 casos confirmados. Destes, a maioria se concentra na América do Norte; mas países do Sul, como Bolívia, Argentina, Brasil, Peru e Paraguai, também confirmaram a circulação do vírus. No ano de 2024, foram apenas 467 casos positivos em todo o continente.

Crédito: Prefeitura de Londrina

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