TITULO: O Exorcista Azul: Um Caso Muito Especial da Polícia Técnica do Rio de Janeiro
RIODEVITOS, RIO DE JANEIRO – 25 DE MARÇO DE 1988
Na madrugada de 24 de março, a Polícia Técnica do Rio de Janeiro (PRT) registrou um caso de grande relevância na região da Praia Grande, na cidade de Rio de Janeiro. Uma família de cinco membros, moradora naquela localidade, requereu ajuda da polícia para tratar de uma situação extremamente assustadora e inesperada. Os pais da família, Francisco e Maria, 42 e 40 anos respectivamente, disseram ter um filho de 10 anos, André, que estaria possuído pelo demônio.
O pai da família, Francisco, relata que o filho começou a comportar-se de forma estranha há cerca de dois meses. André, um garoto calmo e bem-disposto, passou a ficar cada vez mais agressivo e paranoico. "Era como se tivesse outro pensamento", descreveu Francisco. "Começou a reclamar de dores na cabeça, disse que havia alguém dentro dele, falava sozinho e dava palavras em linguagem desconhecida". Francisco conta que André começou a mostrar um lado violento, que nunca antes havia visto nele.
Maria, a mãe, disse que notou um estranho odor azul que vinha da habituação de André, como se fosse uma fragrância maligna. Ela acreditava que algo estranho estava acontecendo, mas não sabia o que fazer. Os dois pais ficaram desesperados, tentando ajudar o filho, mas não encontravam uma solução.
O médico que atendia a família diagnosticou André com histeria nervosa, mas a situação continuou a deteriorar. André começou a agir de forma selvagem, fazendo movimentos espasmódicos e falando em um tom demoníaco. Foi nessa época que Francisco e Maria resolveram buscar ajuda da Polícia Técnica do Rio de Janeiro.
O Comandante da PRT, Major Aurélio Ribeiro, enviou uma equipe para investigar a situação. Os policiais que foram designados para o caso, tenentes Eduardo Barbosa e Antônio Lemos, estiveram presente no local da ocorrência e conversaram com a família. Barbosa relatou que "A família estava em pânico, era um cenário muito perturbador".
Eles fizeram uma avaliação da situação e concluíram que a situação era grave. Barbosa decidiu fazer um relatório oficial sobre o caso e enviar o mesmo ao seu superior. Em seguida, enviou um técnico em Psiquiatria, o Dr. Alberto Ferreira, para avaliar André e ajudar a equipe da PRT a compreender o que estava acontecendo.
Dr. Ferreira descobriu que André não apresentava qualquer sinal de doença mental e que seu comportamento estava, na verdade, inspirado em alegrias e poderosas influências malditas. "Aquele menino não estava louco", disse Ferreira. "Estava possuído por uma entidade maligna". A polícia não sabia como ajudar o menino, então eles resolveram pedir ajuda de um Exorcista da Igreja Católica.
A Batalha Contra o Demônio
Em seguida, o Comandante Ribeiro contactou o Pe. Sebastião Silva, um experiente Exorcista da Arquidiocese do Rio de Janeiro. O Pe. Silva havia exercido essa função há cerca de 15 anos e possuía um amplo conhecimento sobre os fenômenos religiosos e paranormais. Ele foi contactado pela PRT para que auxiliasse no caso.
Pe. Silva disse que iria à residência da família para investigar a situação e verificar se o filho estava de fato possuído. Quando chegou ao local, o Pe. Silva constatou que a situação era real e grave. Ele observou que André apresentava sinais de estar sob o controle de uma entidade demoníaca. Pe. Silva concluiu que André estava, sim, possuído e que era necessário fazer um Exorcismo.
A família foi alertada para o perigo que estava em curso e pediram ao Exorcista que agisse. Em 31 de março de 1988, às 2 horas da madrugada, Pe. Silva e os policiais da PRT começaram o ritual do Exorcismo.
Durante a cerimônia, André começou a demonstrar comportamentos ainda mais extremos. Ele gritava, movimentava o corpo e começou a produzir um cheiro fétido, que parecia estar vindo do seu próprio corpo. Pe. Silva ordenou que os policiais cercassem o menino e não permitissem que ele fugisse. Depois disso, o Exorcista começou a ler a Liturgia da Expulsão de Espíritos Malignos, recitando versos e fazendo orações para afastar o demônio.
André começou a agitar, movimentava as mãos e fechava os olhos. O Pe. Silva seguiu recitando a Liturgia e pedindo que o demônio saísse do corpo do menino. Finalmente, após mais de 2 horas de cerimônia, André parou de agitar e caiu ao chão. Os policiais relataram que sentiram um frio gelado e que a atmosfera havia mudado. André foi carregado para uma cama, onde se rendeu.
Após o Exorcismo, a família informou que André começou a se recuperar rapidamente. O garoto parou de demonstrar comportamentos violentos e aterrorizados, começando a voltar a sua personalidade normal. O pai da família, Francisco, disse que o filho "se comportou normal novamente".
O Comandante Ribeiro declarou que a ação da polícia havia sido fundamental para resolver o caso e que o Exorcista Pe. Silva havia sido essencial para expulsar o demônio. Dr. Ferreira disse que André estava curado e que o caso havia sido um "grande mistério". A família pediu privacidade para lidar com as consequências do incidente.
O Exorcismo foi divulgado ao público, tornando-se um dos casos mais notáveis da história da Polícia Técnica do Rio de Janeiro. A polícia fez um relatório oficial sobre o caso, e a história do Exorcista Azul, como começou a ser conhecido, inspirou discussões sobre o paranormal e o ocultismo.
O Pe. Silva não fez declarações públicas sobre o caso, apenas dizendo que a missão havia sido realizada e que o menino havia sido libertado. A família permaneceu em silêncio, aterrorizada pela experiência, mas gratos pelo resultado. O Exorcismo do Exorcista Azul é considerado um caso raro e bem documentado da possessão demoníaca e da eficácia do ritual do Exorcismo.
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