sexta-feira, setembro 19

Crédito do Trabalhador já migrou R$ 15,7 bilhões em consignados antigos e avança na inclusão financeira

Mais de R$ 15,7 bilhões em contratos antigos de empréstimos consignados de convênio já foram migrados para a plataforma da Carteira de Trabalho Digital do Crédito do Trabalhador. Desse total, R$ 3,2 bilhões correspondem a contratos de legado renegociados com as instituições financeiras, com uma taxa de juros média de 2,65%. Os dados são referentes a até 16 de setembro, e a expectativa é que R$ 40 bilhões em contratos antigos sejam migrados até outubro.

As informações foram divulgadas pelo secretário de Políticas de Proteção ao Trabalhador, Carlos Augusto Simões Gonçalves, durante o II Seminário Nacional de Crédito Consignado, realizado no auditório do Banco Central e promovido pela Revista Justiça e Cidadania.”

O Crédito do Trabalhador foi tema do Painel II: ‘O Crédito Consignado Privado – Oportunidades, Desafios e Regulação Necessária’. Carlos Augusto, coordenador da mesa, destacou que o programa vem avançando na oferta de crédito aos trabalhadores, promovendo a inclusão de milhões de pessoas com vínculo ativo de emprego que antes estavam excluídas do mercado de crédito com garantias.

Segundo o secretário, em apenas seis meses, o programa atingiu um ritmo acelerado de expansão. Até ontem (18), mais de R$ 50 bilhões em crédito já foram contratados por mais de 5,4 milhões de trabalhadores. Atualmente, o programa conta com 122 instituições financeiras habilitadas, das quais 64 já realizam operações. “Enquanto a taxa de juros nos empréstimos pessoais se manteve próxima a 11% ao mês, o Crédito do Trabalhador apresenta uma taxa média de 3,42% ao mês”, ressaltou Carlos Augusto.

Lucinéia Possar, diretora jurídica do Banco do Brasil, ressaltou a importância da oferta de crédito para impulsionar a atividade econômica.“Isso traz expansão ao crescimento econômico”, afirmou. Ela reforçou que o Crédito do Trabalhador é inovador e democratizou o acesso ao crédito: “Hoje o trabalhador pode escolher o banco para realizar o consignado e definir a taxa de juros. Antes, o consignado privado funcionava por meio de um convênio que a empresa fazia com um banco.” Ao final, Lucinéia reiterou que o programa representa “um marco para o sistema financeiro, promovendo inclusão e ampliando o acesso ao crédito, o mais atrativo entre os empréstimos pessoais”.

O programa também recebeu elogios de autoridades e especialistas. O ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Douglas Alencar Rodrigues, destacou que “o Crédito do Trabalhador está incluindo trabalhadores de baixa renda”. Lucas Freire, procurador-geral adjunto do Banco do Brasil, ressaltou que o desafio agora é expandir o crédito com segurança, garantindo proteção ao trabalhador. Já Fernanda Garibaldi, diretora-executiva da Zetta, salientou os pontos positivos do programa, como a realização de operações totalmente digitais e a ampliação do crédito privado no país.

 

Crédito: Agência Gov

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