Atrair grandes investimentos de infraestrutura de modo a acelerar a tão desejada mudança na matriz econômica do Município é uma das principais missões da Codel (Instituto de Desenvolvimento de Londrina) na gestão do prefeito Tiago Amaral. Foi um compromisso de campanha assumido com base na agenda defendida pelo próprio setor produtivo londrinense, que há tempos se mobiliza para que a cidade desenvolva seu processo de industrialização.
Movimentos que têm levado o presidente da companhia, Paulo Henrique Ferreira, a participar de eventos nacionais e internacionais que lhe permitam apresentar a investidores os potenciais do Município, um dos principais polos econômicos do Sul do Brasil.
O mais recente deles foi o InfraLeaders 2025, programa global de treinamento a gestores públicos com foco no desenvolvimento de projetos de infraestrutura urbana para a captação de recursos. Neste ano, o evento foi realizado de 8 a 12 deste mês no Reino Unido e teve a presença de lideranças e gestores públicos como o ministro dos Transportes, Renan Filho, além de executivos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul).
COMPLEXO INDUSTRIAL – A convite dos organizadores – Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP) e B3 –, Ferreira participou do programa como um dos únicos representantes municipais. Em sua explanação, disse que o prefeito Tiago Amaral lhe confiou a missão de ajudar a transformar a matriz econômica de Londrina, aumentando a industrialização, o turismo de serviços e principalmente as indústrias de cadeia longa.
E apresentou um dos principais projetos de desenvolvimento e infraestrutura da atual gestão: a construção de um grande complexo industrial em Londrina.
“O Cilon (Cidade Industrial de Londrina) tem uma área total de cerca de 1 milhão de metros quadrados, com pouco mais de 900 mil metros quadrados de área útil. Mas temos pedidos de empresas querendo vir para Londrina que na largada precisam de 1 milhão de metros quadrados. A cidade tem que estar preparada para receber empresas desse porte, e só vamos conseguir isso nos antecipando com infraestrutura, e é o que estamos fazendo”, afirma o presidente da Codel.
Ferreira explica que o projeto do condomínio industrial prevê um complexo urbanístico com soluções de infraestrutura e logística que vão além da instalação das empresas. “O que o Município está projetando é a construção de um grande centro industrial na cidade, um complexo com serviços, centros de formação e inovação, e principalmente, que tenha empresas âncora dentro dessa estrutura”, revela o presidente da Codel, pontuando que a operação será executada em fases. “A nossa expectativa é que seja algo realmente transformador e mude o centro econômico da cidade”.
DEMANDAS – Paulo Henrique Ferreira destaca a importância de o Município estar preparado para atender as demandas de projetos de infraestrutura que exigem financiamento. “Estar num evento de infraestrutura como o programa do InfraLeaders faz com que a gente entenda, primeiro: quais são as necessidades que temos que suprir para que essas grandes empresas venham; e também quais são os pontos principais com relação a recebimento de matéria-prima, escoamento de produto acabado, fornecimento de mão-de-obra, fornecimento de tecnologia e pesquisa. Essa preparação e essa conexão com Ministério dos Transportes, BID, BRDE e BNDES são caminhos para que a gente possa buscar fundos e meios para custear a estrutura da operação”, explica.
AGENDA COM MINISTRO – Um ativo importante da participação no programa, segundo o presidente da Codel, foi a possibilidade de apresentar o projeto pessoalmente ao ministro dos Transportes, Renan Filho. “O ministro Renan recebeu nosso showcase oficial sobre a cidade e também levei a ele detalhes do projeto que vimos estruturando. Ele reservou um horário para que possa nos receber em Brasília para saber um pouco mais dessa transformação que queremos fazer”, afirma.
“O ministro fez uma apresentação detalhada sobre os investimentos de infraestrutura que estão sendo realizados no Brasil nesse exato momento e o Paraná tem sido agraciado porque o estado é cortado por grandes vias de escoamento. Londrina está inserida nisso e ter uma nova estrutura industrial que possa escoar a matéria-prima acabada para o Porto de Paranaguá e outras regiões do Brasil é importante, de modo que faz todo o sentido que a cidade esteja no radar dessa expansão”, conclui Paulo Henrique Ferreira.
Crédito: Prefeitura de Londrina
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