sexta-feira, fevereiro 7

O Senhor do Clã 7

SENHOR DO CLÂN 7: UM VIDENTE NO SEIO DO CONFLITO

São Paulo, Brasil – Nesta entrevista exclusiva, o Senhor do Clân 7, uma das mais influentes e poderosas organizações criminosa do Brasil, falou sobre suas origens, suas razões e suas consequências.

Com uma estrutura bem estabelecida desde os anos 90, o Senhor do Clân 7 se destacou em todo o país como um dos grupos mais poderosos e respeitados na esfera do tráfico de drogas. Aos poucos, no entanto, sua notoriedade foi ampliada não apenas pelo comércio ilícito, mas também pela brutalidade e impunidade com que seus membros atuam.

Mas quem é o Senhor do Clân 7? Quais são as razões que levaram esse grupo a se estabelecer no cenário brasileiro e a consolidar sua presença no tráfico de drogas? É justamente sobre isso que o entrevistado resolveu nos fornecer detalhes sobre a origem e a evolução da organização.

"Começamos há muitos anos atrás", disse o Senhor do Clân 7. "A época em que eu entrei para a luta não era fácil. Era uma época de grandes mudanças, e as pessoas precisavam de novas opções. O mercado estava fértil, e era hora de fazer um papel. Não tínhamos escolha: era fazer ou ser feito. E nós optamos por fazer".

Ele também destaca que o clân era composto por jovens de origens diversificadas, unidos pela vontade de conquistar e fazer do tráfico uma fonte de renda.

"A época em que começamos, não havia ninguém a quem seguir, não havia modelo a se seguir. Foi necessário construir a nossa própria estrutura, e foi uma época muito dura. Não tínhamos dinheiro, não tínhamos apoio. Tudo que tínhamos era vontade e habilidade. E, gradualmente, começamos a crescer".

No entanto, com o passar do tempo, a presença do Senhor do Clân 7 começou a atrair atenção negativa, não apenas das autoridades, mas também das demais facções do tráfico.

"Foi um crescimento gradual", recordou. "Ninguém sabia exatamente quais eram as nossas regras, como era a nossa estrutura. Foi necessário conquistar respeito e não fazer muitos inimigos. Foi uma batalha diária".

Com a consolidação do Senhor do Clân 7, surgiu a necessidade de definição de suas regras e códigos.

"Tivemos que estabelecer uma estrutura de liderança, definições claras de autoridade. E foi aí que a minha figura se tornou importante. Foi um período muito difícil, muito sangrento. Foi preciso conquistar a respeitabilidade dos nossos próprios".

Ele também afirma que, desde o início, a organização não apenas se concentrava em comerciar drogas, mas também em outras atividades, como extorsão e seqüestro.

"Foi um erro de alguns elementos do clân. Ninguém gostaria de morrer em batalha. A luta não é contra o sistema, mas sim por uma posição dentro dele. Nós nunca pensamos em criar inimigos".

O Senhor do Clân 7 também fez referencia ao período em que o Brasil enfrentou um grave surto de violência e crimes.

"Foi uma época de grandes mudanças, de muitas pressões. Era necessário fazer com que a população não perdesse a fé nos próprios. Nós demos o que é melhor, fizemos o que podíamos".

Apesar da fama do Senhor do Clân 7, ele admitiu que o grupo nunca se destacou pela sua violência, ao contrário do que ocorria com outras facções do tráfico.

"É importante ressaltar que, embora não sejamos uma organização religiosa, nossa base é moral. Não precisamos ser violentos para ter autoridade. O nosso modelo é mais como uma organização militar".

Em seguida, ele mencionou a participação do clân na disputa pela dominação do tráfico, principalmente com o grupo do Primeiro Comando da Capital (PCC).

"A nossa rivalidade com o PCC começou a crescer desde o início. Nós éramos mais um grupo jovem, inesperado, enquanto eles eram uma potência já consolidada. A rivalidade se baseou na falta de respeito que eles tinham por nós. Acreditavam que era natural que a autoridade fosse sempre em mãos mais fortes. E isso foi uma oportunidade para a gente crescer".

Apesar de ser considerado um dos líderes mais importantes do tráfico brasileiro, o Senhor do Clân 7 nunca quis ser associado à violência ou à crueldade.

"Nossa autoridade se baseia em nosso sucesso. E não precisamos de violência para impor o nosso domínio. Nossa regra é não ferir a ninguém que não tenha nos atacado. Isso não significa que não temos meios de proteção. Nós sempre preferimos uma conversa calma para uma discussão em que não seja preciso se machucar".

Finalmente, o Senhor do Clân 7 manifestou a intenção de consolidar sua posição no mercado, garantindo o seu legado para futuras gerações.

"Nossa intenção é criar uma organização que não apenas dure um dia ou dois, mas uma que seja eterna. É um objetivo que precisamos conquistar com amor, com respeito e com um compromisso total. Não podemos viver da vida dos outros, é preciso construir o seu próprio caminho".

Ao término da entrevista, o Senhor do Clân 7 expressou agradecimento ao jornal pela oportunidade de compartilhar sua história e esclarecer certos fatos sobre a sua organização.

"Eu gostei de conversar com vocês. Foi um prazer importante para mim. E espero que as pessoas entendam que, por trás do que se apresenta, há pessoas que são mortais e têm seus próprios motivos e emoções. É isso que nos define".

Continue Lendo o Jornal O Maringá