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O trabalho das forças de segurança do Paraná colocou o Estado no pódio de apreensões de drogas neste ano. Foram 444 toneladas de entorpecentes apreendidas entre janeiro e novembro de 2024, o segundo maior volume do Brasil. O Estado fica atrás apenas do Mato Grosso do Sul (534 toneladas), de acordo com os dados do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sisnep), plataforma integrada do governo federal que agrega informações operacionais, investigativas e estratégicas sobre segurança nos estados.
Com uma média de 1,3 tonelada de drogas retiradas de circulação por dia, o Paraná respondeu por um terço do total das apreensões feitas em todo o Brasil no ano, que somou 1,4 mil toneladas nos 11 primeiros meses. O volume representa um aumento de 11,6% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 397 toneladas de drogas foram interceptadas, e também supera todas as apreensões de 2023, que chegaram 435 toneladas.
Foram 12.361 ocorrências no ano, uma média de 37 por dia e 9,5% a mais que no mesmo período de 2023, quando foram registradas 11.284 ocorrências. “O Paraná se destacou neste ano. Em 2023 já tivemos um bom volume de apreensões, mas 2024 foi melhor ainda. Somos o segundo estado com o maior número de apreensões de drogas, também o segundo com mais cumprimentos de mandados de prisão, só perdemos para São Paulo, que é muito maior, e a redução no número de homicídios, que é o mais importante para nós”, afirma o secretário estadual da Segurança Pública, Hudson Teixeira.
“Foi um ano muito bom para a segurança pública, fruto do trabalho integrado das nossas polícias, que se reflete também em outras áreas. Na redução no número de furtos e roubos e nos feminicídios onde o programa Mulher Segura atuou de forma mais efetiva”, ressaltou Teixeira. “Isso é resultado da reorganização feita na área, com investimento forte para a aquisição de viaturas, armamentos, aeronaves, embarcações, drone e cães de faro, e também a contratação de efetivos para nossas forças de segurança”.
As apreensões de maconha responderam pelo maior volume confiscado dos traficantes em 11 meses no Estado, somando 436 toneladas, mais de duas vezes o volume somado de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Já a cocaína e craque apreendidos no Estado somaram 7,4 toneladas, quantia também superior a todo o volume confiscado nos demais estados do Sul.
As operações em território paranaense tiveram um pico no mês de junho, com quase 78 toneladas de entorpecentes apreendidas por policiais estaduais, federais e guardas municipais. Além disso, foram 15,7 toneladas em janeiro, 20 toneladas em fevereiro, 17,4 toneladas em março, 39,4 toneladas em abril, 54,8 toneladas em maio, 44,5 toneladas em julho, 56,3 toneladas em agosto, 32,7 toneladas em setembro, 52,1 toneladas em outubro e 32,9 toneladas em novembro.
HOMICÍDIOS – O Paraná também chegou ao menor número de homicídios dolosos (com intenção de matar) desde 2017, quando os dados sobre o crime passaram a ser inseridos no Sismep. Entre janeiro e novembro, foram 1.392 vítimas, uma redução de 12,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior, quando foram registrados 1.597 casos. A taxa de homicídios do Estado foi de 12,8 por 100 mil habitantes, abaixo da média nacional, de 16,3%.
Os dados nacionais demonstram a tendência já observada pelo Centro de Análise, Planejamento e Estatística da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp). O Paraná chegou ao primeiro semestre deste ano com o menor registro de homicídios dolosos em 18 anos para o período. As ocorrências caíram de 972, no 1º semestre do ano passado, para 862 nos seis primeiros meses de 2024, uma queda de 11,32% no comparativo entre os dois períodos. Foi o menor número de casos desde 2007, quando iniciou a série histórica do Estado.
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Fonte: AEN/PR