quarta-feira, setembro 24

Zequinha Marinho alerta para avanço do crime organizado no Pará

Em pronunciamento no Plenário na terça-feira (23), o senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) declarou que há uma situação de violência e insegurança no Baixo Acará, no Pará, onde, segundo ele, o crime organizado ameaça trabalhadores e afeta empresas. O parlamentar relatou que municípios como Tomé-Açu, Acará, Moju e Concórdia do Pará vivem sob risco constante, com empresas paralisando atividades e empregos sob risco.

De acordo com o senador, isso prejudica um setor estratégico para a bioenergia nacional, já que o Pará responde, segundo ele, por 99% da produção de óleo de palma no Brasil. Ele citou o caso da Brasil BioFuels (BBF), que teria sido forçada a interromper operações em várias fazendas devido à atuação de grupos armados.

— A impressão que se tem é a de que os moradores desses municípios vivem em uma espécie de cangaço amazônico, em que a força bruta e a intimidação substituíram o Estado de direito. Nos últimos 30 dias, foram registradas invasões às fazendas Santa Clara, Minas Gerais e Muniz, onde criminosos estão vendendo lotes ilegalmente por R$ 6 mil, por exemplo, explorando economicamente o plantio de dendê, de propriedade da BBF, e colocando em risco a vida de mais de 120 colaboradores da empresa. A situação é tão grave que veículos da empresa foram alvejados por tiros de revólver e de pistola, e armas brancas foram lançadas sobre trabalhadores — afirmou.

O senador fez um apelo ao governo federal para que, por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, atue no enfrentamento à violência na região. Ele disse que a presença da União é essencial para conter o avanço do crime organizado, proteger comunidades locais e assegurar a manutenção das atividades produtivas.

— Se o governo do estado não dá conta, a gente precisa da presença do governo federal. E nós estamos, neste momento, comunicando que estamos pedindo ajuda ao Ministério da Justiça, por meio do ministro [Ricardo] Lewandowski, para que a gente possa encarar essa realidade. O que nós não podemos fazer é deixar esses municípios afetados pela perda do emprego e da segurança — declarou.

Crédito: Agência Senado

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