A comitiva do Governo do Paraná liderada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior cumpre agenda na Alemanha para consolidar o acordo com a Carl Zeiss para o novo Planetário do Estado, que será erguido no Parque da Ciência Newton Freire Maia, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Neste sábado (27), o grupo visitou o Planetário de Wolfsburg – referência internacional em educação científica e equipado com tecnologia Zeiss.
A assinatura do contrato para o sistema de projeção está marcada para esta segunda-feira (29). O investimento para aquisição da tecnologia junto à Zeiss é de 6 milhões de euros (R$ 37,2 milhões na taxa atual), em um processo coordenado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), em parceria com a Seti e a Fundação Araucária.
“Viemos buscar aqui na Alemanha o que há de melhor e aplicar essa tecnologia no futuro Planetário do Estado, que será o mais moderno da América Latina. Esta é mais uma iniciativa que integra o nosso planejamento de investir na educação do Paraná, que já é a melhor do Brasil, mas que queremos elevar à melhor do continente”, afirmou Ratinho Junior após a visita.
“Além de ser usado para que os estudantes paranaenses tenham um contato mais imersivo com a ciência, o Planetário de Pinhais e toda a estrutura do Parque da Ciência Newton Freire Maia receberão a visita de milhares de pessoas de outros estados e nacionalidades, sendo mais um importante atrativo turístico do Paraná”, acrescentou o governador.
Ao ser finalizado, o planetário vai ser capaz de simular o céu e a movimentação de mais de 9 mil corpos celestes em alta definição. Também será possível projetar animações, shows, vídeos e outros conteúdos com resolução excepcional, proporcionando uma experiência imersiva de última geração. Estima-se que o planetário poderá receber 140 mil visitantes por ano, consolidando-se como o mais moderno da América Latina.
Além de possibilitar a modernização do planetário, a visita à Carl Zeiss permitirá à comitiva paranaense conhecer tecnologias de ponta em óptica e projeção digital, abrindo espaço para futuras parcerias na área de educação científica e desenvolvimento tecnológico para o Estado.
INOVAÇÃO ARQUITETÔNICA – A estrutura será construída em madeira engenheirada, técnica que utiliza camadas de madeira coladas sob alta pressão para formar peças de grande resistência e estabilidade. Esse método permite menor emissão de carbono, maior eficiência estrutural e geração de menos resíduos quando comparado a técnicas convencionais de concreto ou aço.
O sistema híbrido de projeção Zeiss combina recursos mecânicos e digitais de última geração, com capacidade para reproduzir até 9 mil estrelas visíveis a olho nu, além de apresentar imagens em resolução 6K, animações científicas, conteúdos artísticos e culturais, simulações, e traduções simultâneas em Libras e outros idiomas.
Segundo o secretário estadual da Educação, Roni Miranda, a edificação será o primeiro planetário do mundo nesse modelo. A execução da obra ficará a cargo da Fundepar, garantindo também acompanhamento técnico e segurança jurídica.
A utilização de madeira engenheirada também contribui para a sustentabilidade do projeto, pois combina estética, leveza estrutural e durabilidade, possibilitando maior liberdade no design arquitetônico do planetário e de suas áreas de circulação interna, alinhando inovação construtiva com experiência imersiva para os visitantes.
O novo planetário contará com uma cúpula de 18 metros de diâmetro, auditório para 300 pessoas, salas multiuso, áreas expositivas e observatórios com telescópios. A área construída será de aproximadamente 5.500 metros quadrados.
Além do sistema de projeção, o projeto prevê a realização de cursos, oficinas e eventos científicos que vão permitir o uso educativo contínuo do espaço, ampliando o impacto do planetário para estudantes, professores e a comunidade em geral.
OBRA – O processo licitatório da obra é conduzido pela Fundepar e está em fase de conclusão, com valor máximo de contratação fixado em R$ 47,3 milhões. A previsão de entrega e início de funcionamento é o segundo semestre de 2026. O projeto é resultado da articulação entre o Fundepar, a Seti e a Secretaria da Educação (Seed), seguindo o planejamento estratégico estadual para ciência, educação, cultura e turismo.
O planejamento financeiro do projeto também inclui a aquisição de equipamentos complementares para exposição e educação científica, garantindo que o investimento não se limite à construção civil, mas englobe a operacionalização do planetário e a manutenção do espaço por anos.
Segundo o secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, que acompanha a comitiva na Alemanha, a nova construção deve receber cerca de 140 mil visitantes ao ano. “É um plano ambicioso de popularização da ciência, que começa com os alunos nas escolas e chega até o trabalho feito junto às universidades estaduais”, disse.
Do ponto de vista da educação superior, o local funcionará como um laboratório para uma série de pesquisas científicas das sete universidades do Estado. Já relacionado à educação básica, o planetário funcionará como um ambiente de iniciação do interesse científico e aplicação dos conteúdos teóricos vistos em sala de aula.
“Ter uma experiência prática, que complemente o trabalho teórico desenvolvido em sala de aula proporciona um aprendizado mais completo e envolvente. Isso complementa o trabalho que estamos desenvolvendo em toda a educação paranaense, que hoje é reconhecida pelo Ideb como a melhor do Brasil”, afirmou o secretário Roni Miranda.
PARQUE DA CIÊNCIA – Além da construção do planetário, o Parque da Ciência passará por uma revitalização completa. Serão reformados os pavilhões existentes, implantadas novas passarelas e rotas acessíveis, além de melhorias nos serviços e infraestrutura, paisagismo e recuperação da trilha do Rio Canguiri.
A modernização também inclui climatização, segurança, cabeamento estruturado, sinalização, prevenção e combate a incêndios, garantindo maior acessibilidade e conforto aos visitantes. O investimento previsto para essas intervenções é de mais de R$ 9 milhões.
O projeto de revitalização considera também o potencial turístico do parque, permitindo que o espaço se torne um ponto de referência regional em ciência e tecnologia, atraindo escolas, universidades e visitantes de todo o Estado.
Uma etapa fundamental para o avanço do projeto foi a regularização imobiliária da área do parque onde será construído o novo planetário. A ação, realizada em parceria entre a Secretaria da Administração e da Previdência (Seap), a Secretaria do Planejamento (Sepl) e o Paraná Projetos, garante segurança jurídica e permite que o cronograma das obras e demais intervenções avance sem entraves.A conclusão da regularização também viabiliza futuras ampliações e intervenções no Parque da Ciência, assegurando que toda a infraestrutura planejada esteja dentro de parâmetros legais e ambientais, fortalecendo o planejamento urbano e ambiental da região.
Fonte: AEN PR