
O Hospital do Câncer de Londrina (HCL) vai construir sua nova Unidade de Prevenção e Cuidados Paliativos em um terreno de 27 mil m² que fica na zona leste da cidade e foi doado pela Prefeitura. Com a obra, o HCL amplia sua capacidade de atendimento e passa a oferecer um espaço bem mais moderno, humanizado e dedicado ao cuidado integral dos pacientes oncológicos.
O novo espaço, que contará com 62 leitos, teve a pedra fundamental lançada em cerimônia realizada na manhã desta segunda-feira (29). Conforme o diretor administrativo do Hospital do Câncer, Edmilson Garcia, a unidade representa um passo decisivo para o futuro da instituição, que completa 60 anos em 2025.
Ele destacou que o início das obras simboliza o compromisso em continuar oferecendo serviços à população em uma estrutura muito maior e mais completa. De acordo com Garcia, será um espaço para acolher os pacientes com dignidade, qualidade de vida e excelência.

“É uma obra que sonhamos há muito tempo. Vai ser um dos maiores hospitais do Brasil, pensando em cuidados paliativos, de acolhimento para essas pessoas que precisam dessa qualidade de vida. A gente fala de qualidade de vida porque, às vezes, as pessoas pensam que essa situação é uma sentença de morte, mas não é. Isso significa oferecer o melhor tratamento nessa etapa, sem muitas intervenções e garantindo que a pessoa realmente prolongue o seu tempo aqui com saúde, com segurança e o principal, com o conforto da família”, disse o diretor.
Ainda de acordo com Edmilson Garcia, além dos cuidados paliativos, a nova unidade também vai contar com leitos para internação clínica. As obras serão iniciadas já nos próximos dias e devem durar cerca de dois anos e meio, a um custo total de R$ 38 milhões, sendo que R$ 12 milhões já estão garantidos para a primeira etapa.

Com a nova unidade de 5 mil m² de área construída, que vai atender pelo SUS e convênios, o Hospital do Câncer de Londrina mais que dobrará a capacidade de atendimento em cuidados paliativos, passando de 9 para 20 vagas, pelo menos.
O Hospital do Câncer de Londrina é, atualmente, referência para 162 municípios do Estado, mas, segundo o próprio diretor, tem atendido pacientes de mais de 200 cidades. Por ano, são cerca de 1,2 milhão pessoas atendidas ou 2,5 mil atendimentos diários – sendo mais de 90% deles pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O prefeito Tiago Amaral ressaltou a parceria com o Município e os avanços em termos de atendimento que a nova unidade vai trazer para os pacientes do Hospital do Câncer, de Londrina e outras cidades.

“É um empreendimento de extrema importância para a cidade, para o norte do Paraná e para o estado. Um marco realmente fundamental. Para que as pessoas entendam, chega um determinado momento do tratamento que os pacientes precisam, muito mais, de um espaço acolhedor, um atendimento mais próximo e humanizado, do que um espaço com máquinas e equipamentos. Estive, recentemente, lá em Barretos, vi a estrutura deles e posso dizer que Londrina, hoje, tem algo em nível nacional, que não deixa a desejar a absolutamente ninguém. Então, realmente é uma obra que vai ajudar a qualificar, ainda mais, o atendimento da saúde na cidade”, comemorou o prefeito.
A deputada federal Luiza Canziani, que viabilizou parte dos recursos para a obra por meio de emenda parlamentar e articulações junto ao governo federal, falou em orgulho e exemplo para Londrina.
“Esse grande sonho é uma extensão do Hospital do Câncer de Londrina, instituição que é um orgulho e um exemplo para todos os londrinenses. Seremos, inclusive, um hospital referência de cuidados paliativos no Brasil; seremos o maior do sul do Brasil, então, de fato, essa é uma conquista grandiosa para a nossa cidade”, destacou a deputada.
Emocionada, a secretária municipal de Saúde, Vivian Feijó, lembrou do primeiro emprego no Hospital do Câncer, e de como essa oportunidade profissional foi fundamental para toda sua carreira.
“O câncer é uma doença grave e muitas vezes com um desfecho difícil para os familiares, evoluindo até para o óbito. Então, não tem como a gente não ter sensibilidade. Foi o meu primeiro emprego, a minha primeira oportunidade e eu me remeti ali a um plantão onde tive muitas perdas. Esse é um momento difícil em que os profissionais precisam estar preparados para lidar com isso. Então, um espaço como esse, que vai trazer hospitalidade, conforto, vai qualificar uma equipe multiprofissional e vai tratar a finitude de forma respeitosa e nos seus diversos aspectos, com certeza merece a nossa emoção, merece o nosso sentimento, merece a nossa gratidão”, enfatizou a secretária.
Crédito: Prefeitura de Londrina
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