segunda-feira, setembro 29

Hospital do Câncer de Londrina lança pedra fundamental da Unidade de Cuidados Paliativos

O Hospital do Câncer de Londrina (HCL) vai construir sua nova Unidade de Prevenção e Cuidados Paliativos em um terreno de 27 mil m² que fica na zona leste da cidade e foi doado pela Prefeitura. Com a obra, o HCL amplia sua capacidade de atendimento e passa a oferecer um espaço bem mais moderno, humanizado e dedicado ao cuidado integral dos pacientes oncológicos.

foto: Divulgação

O novo espaço, que contará com 62 leitos, teve a pedra fundamental lançada em cerimônia realizada na manhã desta segunda-feira (29). Conforme o diretor administrativo do Hospital do Câncer, Edmilson Garcia, a unidade representa um passo decisivo para o futuro da instituição, que completa 60 anos em 2025.

Ele destacou que o início das obras simboliza o compromisso em continuar oferecendo serviços à população em uma estrutura muito maior e mais completa. De acordo com Garcia, será um espaço para acolher os pacientes com dignidade, qualidade de vida e excelência.

foto: Marcos Garrido/PML

“É uma obra que sonhamos há muito tempo. Vai ser um dos maiores hospitais do Brasil, pensando em cuidados paliativos, de acolhimento para essas pessoas que precisam dessa qualidade de vida. A gente fala de qualidade de vida porque, às vezes, as pessoas pensam que essa situação é uma sentença de morte, mas não é. Isso significa oferecer o melhor tratamento nessa etapa, sem muitas intervenções e garantindo que a pessoa realmente prolongue o seu tempo aqui com saúde, com segurança e o principal, com o conforto da família”, disse o diretor.

Ainda de acordo com Edmilson Garcia, além dos cuidados paliativos, a nova unidade também vai contar com leitos para internação clínica. As obras serão iniciadas já nos próximos dias e devem durar cerca de dois anos e meio, a um custo total de R$ 38 milhões, sendo que R$ 12 milhões já estão garantidos para a primeira etapa.

foto: Marcos Garrido/PML

Com a nova unidade de 5 mil m² de área construída, que vai atender pelo SUS e convênios, o Hospital do Câncer de Londrina mais que dobrará a capacidade de atendimento em cuidados paliativos, passando de 9 para 20 vagas, pelo menos.

O Hospital do Câncer de Londrina é, atualmente, referência para 162 municípios do Estado, mas, segundo o próprio diretor, tem atendido pacientes de mais de 200 cidades. Por ano, são cerca de 1,2 milhão pessoas atendidas ou 2,5 mil atendimentos diários – sendo mais de 90% deles pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O prefeito Tiago Amaral ressaltou a parceria com o Município e os avanços em termos de atendimento que a nova unidade vai trazer para os pacientes do Hospital do Câncer, de Londrina e outras cidades.

foto: Divulgação

“É um empreendimento de extrema importância para a cidade, para o norte do Paraná e para o estado. Um marco realmente fundamental. Para que as pessoas entendam, chega um determinado momento do tratamento que os pacientes precisam, muito mais, de um espaço acolhedor, um atendimento mais próximo e humanizado, do que um espaço com máquinas e equipamentos. Estive, recentemente, lá em Barretos, vi a estrutura deles e posso dizer que Londrina, hoje, tem algo em nível nacional, que não deixa a desejar a absolutamente ninguém. Então, realmente é uma obra que vai ajudar a qualificar, ainda mais, o atendimento da saúde na cidade”, comemorou o prefeito.

A deputada federal Luiza Canziani, que viabilizou parte dos recursos para a obra por meio de emenda parlamentar e articulações junto ao governo federal, falou em orgulho e exemplo para Londrina.

“Esse grande sonho é uma extensão do Hospital do Câncer de Londrina, instituição que é um orgulho e um exemplo para todos os londrinenses. Seremos, inclusive, um hospital referência de cuidados paliativos no Brasil; seremos o maior do sul do Brasil, então, de fato, essa é uma conquista grandiosa para a nossa cidade”, destacou a deputada.

Emocionada, a secretária municipal de Saúde, Vivian Feijó, lembrou do primeiro emprego no Hospital do Câncer, e de como essa oportunidade profissional foi fundamental para toda sua carreira.

“O câncer é uma doença grave e muitas vezes com um desfecho difícil para os familiares, evoluindo até para o óbito. Então, não tem como a gente não ter sensibilidade. Foi o meu primeiro emprego, a minha primeira oportunidade e eu me remeti ali a um plantão onde tive muitas perdas. Esse é um momento difícil em que os profissionais precisam estar preparados para lidar com isso. Então, um espaço como esse, que vai trazer hospitalidade, conforto, vai qualificar uma equipe multiprofissional e vai tratar a finitude de forma respeitosa e nos seus diversos aspectos, com certeza merece a nossa emoção, merece o nosso sentimento, merece a nossa gratidão”, enfatizou a secretária.

Crédito: Prefeitura de Londrina

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