
Dados reunidos pelo Ministério da Cultura mostram que a quantidade de filmes e séries, para todas as telas, que se utilizam de ferramentas de incentivo e financiamento estatais é a maior desde 2015
A Agência Nacional de Cinema (Ancine) divulgou nesta semana um painel de produções audiovisuais brasileiras que mostra que a quantidade de filmes e séries que contaram com apoio estatal é a maior desde 2015.
Em 2024, 561 produções tiveram apoio, por intermédio de uma entre duas ferramentas de apoio e fomento coordenadas pelo Governo Federal, o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e as leis de incentivo da Ancine, ou de uma combinação entre elas. Em 2015, início da amostragem, foram 192.
Mesmo ainda não encerrado, o ano de 2025 já ultrapassou o resultado de dez anos atrás. Até o momento, são 313 produções.
A soma de todas as produções audiovisuais cadastradas pela Ancine em 2024 – incluindo aquelas que se utilizaram de outras fontes de financiamento – foi de 1.065. Em 2015, foi de 704.
Os dados podem ser encontrados no site da Ancine, no painel do Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual (OCA).
Esse painel foi atualizado. A nova ferramenta, por meio de filtragem e listagem de títulos, permite identificar, de forma simples e transparente, as obras audiovisuais brasileiras realizadas com utilização de fontes de financiamento público geridas pela Agência, como o Fundo Setorial do Audiovisual – FSA e as Leis de Incentivo.
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O novo filtro se soma a outros disponíveis no painel interativo e pode ser utilizado na aba 7 do Painel da Produção Audiovisual Brasileira, que agora conta com um filtro específico relacionado à presença ou não de recursos públicos geridos pela Ancine nas obras audiovisuais, além da identificação de outras fontes de financiamento, se for o caso.
Os dados e informações constam dos Certificados de Produtos Brasileiros – CPBs (documento emitido após o registro da conclusão de obra brasileira na Ancine).
Como funciona
Mesmo produções de grande porte, como o filme “O Último Azul”, dirigido por Gabriel Mascavo, contam com apoio estatal, combinado com outras fontes de financiamento. O apoio estatal, inclusive, pode funcionar como detonador de um processo maior de obtenção de recursos junto à iniciativa privada.
Os recursos do Fundo Setorial do Audiovisual, uma das principais fontes de financiamento público, vêm de contribuições recolhidas pelos agentes do mercado, principalmente da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine) e do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel). O FSA foi criado em 2006.
Crédito: Agência Gov
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