sábado, outubro 11

Ministério da Saúde reforça enfrentamento da meningite no dia mundial de combate à doença

Estabelecido e oficializado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Dia Mundial de Combate às Meningites é celebrado em 5 de outubro. Em alusão à data, o Ministério da Saúde (MS) realizou, na terça-feira (7/10), um webinário sobre o tema, transmitido ao vivo para todo o Brasil com participação simultânea de 800 internautas. O principal objetivo foi discutir atualizações sobre as meningites infecciosas, com foco nas bacterianas e destaque para a doença meningocócica e na atuação integrada da vigilância epidemiológica, atenção primária, atenção especializada e emergências em saúde pública. Participaram profissionais das respectivas áreas e demais pessoas interessadas no assunto.

O Brasil foi o primeiro país das Américas a traçar um plano nacional para enfrentamento das meningites até o ano de 2030. Segundo a coordenadora-geral de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis, Greice Madeleine Ikeda, o evento on-line teve como foco reforçar a atenção sobre a disseminação de informações qualificadas e atualização profissional para o combate eficaz da doença. “Esse é um webinário em alusão ao Dia Mundial de Combate às Meningites, é um dia para mantermos o alerta aos profissionais de saúde, à população e também a nós, enquanto gestores e profissionais da área, para que possamos relembrar que trata-se de um importante compromisso de saúde pública”, enfatizou.

Na programação, palestraram a presidente da Associação Brasileira de Combate à Meningite, Suelen Caroline Santiago; a chefe da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital de Infectologia Giselda Trigueiro, Manoella do Monte Alves; a coordenadora de apoio à imunização e monitoramento das coberturas vacinais na atenção básica, Flávia Alvarenga; a consultora técnica da Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica Hospitalar, Júlia Chaves; e a profissional da Rede de Informações Estratégicas em Vigilância e Resposta, Marina Nascimento.

A iniciativa da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), organizada pelo Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), foi conduzida pela consultora técnica Caroline Gava. Entre os principais temas abordados, foram apresentados relatos de casos de sobreviventes da doença, o manejo clínico das meningites bacterianas, o papel da atenção primária à saúde na prevenção e cuidado, além da importância da busca ativa em serviços de saúde e da detecção digital de rumores de casos de meningite.

Meningites

A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. A doença, considerada endêmica no Brasil, pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas. As meningites virais e bacterianas são as de maior importância para a saúde pública, considerando a magnitude de sua ocorrência e o potencial de produzir surtos. Apesar de ser habitualmente causada por microrganismos, também pode ter origem em processos inflamatórios, como câncer (metástases para meninges), lúpus, reação a algumas drogas, traumatismo craniano e cirurgias cerebrais.

A transmissão geralmente ocorre de pessoa para pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta. Também acontece a transmissão fecal-oral, através da ingestão de água e alimentos contaminados e contato com fezes, em decorrência de algumas etiologias específicas. Os sintomas mais comuns são febre alta, dor de cabeça forte, rigidez na nuca, náusea e vômito, falta de apetite, sensibilidade à luz e irritabilidade. Entre os sintomas específicos destacam-se dores intensas nos músculos e articulações, manchas vermelhas na pele, respiração rápida e calafrios. A prevenção primária pode ser realizada por meio de vacinas e quimioprofilaxia.

Suellen Siqueira
Ministério da Saúde

Crédito: Agência Gov

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