
A Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação (SMOP), informou as medidas que tomará para sanar os afundamentos no asfalto ocorridos após as fortes chuvas na cidade em alguns trechos. O secretário da pasta, Otávio Gomes, concedeu coletiva de imprensa, na manhã desta sexta-feira (14), para apresentar as providências adotadas.
Segundo ele, a Prefeitura utilizará o Decreto Municipal nº 1.366, de 8 de novembro de 2025, que declarou situação de emergência no município em razão do vendaval, para contratar empresas terceirizadas para a realização do serviço, visto que a mão de obra da Prefeitura não consegue atender todos os locais afetados. O decreto emergencial visa dar maior agilidade à mobilização dos órgãos municipais para minimizar os impactos sobre a população e os serviços públicos.
“Com o decreto emergencial teremos condições de fazer uma contratação simplificada para que possamos agir rápido. Isso foi determinado pelo prefeito Tiago Amaral para evitar que esses problemas causem maiores transtornos para a população de Londrina. Nós já temos os pontos que passarão por reparos mapeados, e agora precisamos fazer o orçamento disso. Já estou verificando com a Procuradoria do Município e com a Secretaria Municipal de Gestão Pública de que forma que nós vamos acionar esse instrumento legal”, detalhou o secretário.
De acordo com Gomes, a Prefeitura tem, já mapeados, cerca de vinte pontos que precisam de reparos urgentes. “A nossa gerência de serviços urbanos tem apenas três equipes com condições de trabalhar nestes casos, que levam de sete a dez dias para serem concluídos, então a matemática não fecha, por isso teremos que contar com a terceirização de serviços de forma emergencial”, destacou.

Conforme informou a Secretaria de Obras, uma das vias que receberá reparos é a rua Aniceto Espiga, no Jardim Versalhes, zona oeste, onde um grande buraco se abriu na pista e um veículo acabou ficando preso no local. A queda foi provocada por infiltrações de água da chuva, que comprometeram a estrutura do asfalto e levaram ao desabamento do trecho.
Também foram mapeados os seguintes pontos que sofreram desgastes mais severos: Rua dos Zeladores (afundamento no meio da rua); Rua 10, na Warta (erosão na borda da pista); Rua Marcos Aurélio Soares (galeria rompida no meio da rua); Rua Constantino Pialarissi, no canteiro ao lado da rotatória do Condomínio Royal Golf (tubo deslocado); Rua João Freitas Rocha Filho, 50 (tubo rompido); Rua Olavo de Arruda Campos com a Rua Inácio Salomão (galeria rompida); Rua Manoel Cardoso com a Rua Leonardo Tavares Plano (buraco na via); Rua Walfrido Rincon Kemmer, 86 (galeria rompida); Avenida das Nações (galeria rompida); Rua Arcângelo Massaro, 439 (erosão no fundo da caixa); Rua Bento Amaral Monteiro (sondar galeria); Rodovia Carlos João Strass (sondar galeria); Rua Geraldo Rodrigues, 200 (fazer adequação na galeria); Rua Josip Kloc com a Avenida José Del Ciel Filho (sondar e fazer chumbamento de galeria); Rua Yvette Dias da Silva (tubo rompido). Além dessas vias, também estão em monitoramento pela Prefeitura a Avenida Ayrton Senna da Silva, no cruzamento com a Rua Ernani Lacerda de Athayde, onde um afundamento vem aumentando; e a Avenida Higienópolis, no acesso à Rua Humaitá, ponto em que chuvas mais intensas têm provocado novo afundamento na esquina.
O secretário esclareceu que os buracos que estão aparecendo nas pistas são fruto das tubulações subterrâneas. “A tubulação é encaixada peça por peça e, com o tempo ou por má vedação, esses encaixes podem se soltar e formar buracos abaixo da superfície. Esse problema só aparece quando o asfalto, que é mais rígido, começa a ceder. Quando surge um pequeno buraco em cima, a cratera embaixo já está grande. As chuvas recentes agravaram essas falhas que já existiam no subsolo, fazendo o asfalto colapsar em vários pontos da cidade. Nos últimos 30 dias choveu cerca de 340 milímetros, que é um volume significativo de água no município”, explicou.
Segundo Gomes, Londrina tem cerca de 2.200 quilômetros de ruas pavimentadas, e em toda essa extensão existem tubulações e estruturas de drenagem. “Cada quilômetro de via possui uma série de infraestruturas subterrâneas. Por isso, estamos sujeitos a colapsos em diferentes regiões da cidade”, finalizou.
Crédito: Prefeitura de Londrina
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