quarta-feira, setembro 3

Atrações da Usina Cultural valorizam mulher preta, capoeira e patrimônio imaterial

A programação para o mês de setembro, da Usina Cultural, valoriza temas como a mulher preta, a capoeira e o patrimônio imaterial. São oficinas e palestras totalmente gratuitas, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura (projeto “Pontes de Cultura – engrenagens do futuro”) e Secretaria de Estado da Cultura (projeto “Ligando Pontos”).

Contramestre Pouca Telha: aulas de capoeira até julho de 2026. Foto: Arquivo pessoal / Divulgação.

O diretor de Atividades e Curadoria, Lucas Manfré, explica que a Usina Cultural desenvolve esses projetos com recursos do Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura, a partir da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab).
“Como são projetos realizados com recursos públicos, todas as atividades são gratuitas para o público”. As inscrições devem ser feitas pelo Sympla (https://www.sympla.com.br/produtor/usinacultural).

Manfré informa que começam hoje (dia 2), às 19h, as aulas “Capoeira para Todos”, dentro do projeto “Pontes de Cultura – engrenagens do futuro”, enquanto Ponto de Cultura, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultural de Londrina. As aulas serão sempre às terças e quintas-feiras, das 19h às 20h. Podem participar crianças a partir de 9 anos de idade até idosos. As aulas vão até julho de 2026.

O responsável pelas aulas é o educador social Márcio Triachini Codagnone, o contramestre Pouca Telha. Ele atua com o Grupo Senzala de Londrina, é organizador e produtor de eventos culturais. Pouca Telha é graduado em Educação Física e tem pós-graduação em Arte e Educação. “As aulas de capoeira serão adaptadas para diferentes níveis de experiência, com foco no desenvolvimento físico, emocional e cultural dos participantes.”

Juliana Barbosa: gênero, raça e classe social na construção de identidades. introdução crítica ao patrimônio cultural imaterial. Foto: Arquivo pessoal / Divulgação.

Também pelo “Pontes de Cultura”, será realizada no dia 27 de setembro, às 19h, a palestra “A mulher preta e seu espaço na cultura”, com a pesquisadora e professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Juliana Barbosa. Ela vai abordar o papel da mulher negra na produção cultural e na luta por reconhecimento e espaço, além de tratar de questões de gênero, raça e classe social na construção de identidades e narrativas culturais.

Juliana Barbosa é pós-doutora em Estudos da Linguagem, com pesquisas em samba e carnaval como cultura afro-originada; jurada do Estandarte de Ouro (O Globo) há quatro anos; atua nos projetos de extensão Agência Escola de Divulgação Científica e Museu de Territórios Afro-paranaenses da Universidade Federal do Paraná.

“Ligando Pontos” – Pelo projeto “Ligando Pontos”, desenvolvido em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura, enquanto Ponto de Cultura, a Usina Cultura realiza mais uma oficina totalmente gratuita. Trata-se da atividade “O imaterial como patrimônio: conceitos, valores e instrumentos de salvaguarda para práticas culturais tradicionais”. A oficina começa neste sábado (dia 6), e vai até 25 de outubro, aos sábados, das 9h às 11h.

Professora Pamela Godoi: introdução crítica ao patrimônio cultural imaterial. Foto: Arquivo pessoal / Divulgação.

As atividades serão desenvolvidas pela professora Pamela Wanessa Godoi, doutora em História Social, com atuação voltada à pesquisa e preservação do patrimônio cultural. Ela tem experiência em projetos de tombamento e salvaguarda de bens materiais e imateriais em Londrina. “A oficina propõe uma introdução crítica ao patrimônio cultural imaterial, abordando seus conceitos fundamentais, os valores sociais e simbólicos que o constituem e os marcos legais que orientam sua proteção.”

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão do Ministério da Cultura, define patrimônio imaterial como os bens culturais que “dizem respeito às práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares (como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas).”

Texto: Assessoria de Imprensa

Crédito: Prefeitura de Londrina

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