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Cerca de 85 mil pessoas estão envolvidas na logística e segurança do CPNU 2

Foram 93 voos, 94 caminhões, 40 vans e 1 carro para fazer as provas da segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU 2) saírem do interior de Minas Gerais para hub regionais, capitais ou outras cidades maiores. A partir desses locais, elas ainda estão sendo distribuídas por aviões de pequeno porte, barcos, carros e vans até cada uma das demais cidades e cada local de prova até domingo, dia 5 de outubro. É uma grande operação logística, que envolve cerca de 85 mil pessoas, para garantir a segurança e dar tranquilidade a quem vai fazer o concurso. O que esses números revelam? O compromisso com uma política de inclusão para fazer com que o serviço público tenha a cara do Brasil.

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O transporte e a distribuição de milhares de cadernos de prova e materiais de apoio, envolve uma operação cuidadosamente planejada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp/MJSP), a Escola Nacional de Administração Pública (Enap), e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), com apoio da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Força Nacional e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), além das forças de segurança dos estados. No dia das aplicações das provas, toda a dinâmica será monitorada no Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN) do Ministério da Justiça, localizado em Brasília (DF).

Em entrevista ao “Bom dia, Ministra”, do Canal Gov, na quarta-feira (1/10), a ministra Esther Dweck reforçou o compromisso do governo federal com a segurança do CPNU em todo o país. “O Pará e o Amazonas são bons exemplos do desafio que temos na hora de realizar uma prova como essa. Há lugares de difícil acesso e fizemos todo um processo para garantir essa logística. São cerca de 85 mil pessoas envolvidas nesse processo, 11 mil das quais da área de segurança. Para nós o mais importante é que as provas cheguem seguras a cada sala de provas e temos também os cuidados no dia da prova para não termos nenhuma intercorrência”, disse.

A realização do CPNU 2 envolve, desde o início, uma operação integrada de segurança pública, articulada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP) através da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, envolvendo as forças de segurança de todos os 26 estados e do Distrito Federal, além da Abin. A Força Nacional também está apoiando a realização do concurso, atuando nos estados do Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Acre.

No próximo domingo, 5 de outubro, dois representantes da estrutura de cada estado, comandantes de todas as forças envolvidas na operação de segurança e logística e as equipes do MGI, Enap e FGV estarão reunidos o dia todo no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), em Brasília, para acompanhar toda a realização do CPNU 2.

LOGÍSTICA INCLUSIVA – Um exemplo concreto do empenho na logística do governo federal para garantir a inclusão e diversidade de pessoas candidatas do CPNU 2 foi a trajetória das provas até o interior do Amazonas. As provas saíram do interior de Minas Gerais com acompanhamento da FGV e da PRF; chegaram no Galeão e de lá foram de avião até Manaus, sendo o tempo todo guardadas pela PF e pela FGV. A partir de Manaus, com apoio das forças de segurança do estado, elas foram em aviões de pequeno porte para o Sul do Amazonas e para a região conhecida como Cabeça de Cachorro, pois vai ter prova em São Gabriel da Cachoeira. Todo esse esforço foi para garantir que 263 pessoas inscritas em São Gabriel façam a prova com segurança. Quando falamos de inclusão é disso que estamos falando: mobilizar diferentes forças do Estado brasileiro para garantir que 263 pessoas, moradoras do extremo noroeste do Brasil, na fronteira com a Venezuela e Colômbia, possam ter a possibilidade de ingressar no serviço público. E o mesmo empenho vale para as 517 pessoas que se inscreveram para fazer a prova em Bagé, no extremo Sul do Rio Grande do Sul ou em Breves, na ilha do Marajó, no Norte do país, onde as provas chegarão de barco.

Fonte: MGI

Provas em todo o país

No próximo domingo (5/10), o Brasil viverá um marco em sua história recente de concursos públicos. A segunda edição do CPNU mobilizará 761.545 pessoas inscritas de 4.951 cidades de todas as regiões do país para a realização simultânea das provas objetivas.

As provas serão aplicadas em 1.294 pólos localizados em 228 cidades e capitais, contemplando todas as 27 unidades da Federação. A escolha das cidades teve como prioridade reduzir deslocamentos e assegurar que pessoas candidatas de diferentes regiões tenham acesso facilitado aos locais de prova. Para isso, as instituições de ensino foram mobilizadas e governos estaduais e municipais receberam um ofício do MGI solicitando a colaboração para a fluidez no dia da prova, como evitar grandes eventos na mesma data, apoio com a coordenação de serviços de mobilidade urbana e de controle de tráfego, além do pleno funcionamento de sistemas de fornecimento de água e energia ao longo do dia da prova.

Entre os maiores polos de aplicação, o destaque nacional é o campus Coração Eucarístico da PUC Minas, em Belo Horizonte (MG), que receberá 8.428 inscritos. Em seguida aparece a Universidade Nilton Lins, em Manaus (AM), que concentrará 7.716 participantes. Na região Sudeste, a Universidade Federal Fluminense (UFF), no Campus Gragoatá, em Niterói (RJ), contará com 7.418 inscritos. Já no Nordeste, a UNIBRA – Campus 2, em Recife (PE), receberá 7.172 pessoas, enquanto no Centro-Oeste o Centro Universitário de Brasília (CEUB) será responsável por aplicar as provas a 7.068 participantes.

Confira a quantidade completa de locais de prova por cidade de aplicação .

Estrutura do concurso e blocos temáticos

O CPNU 2 oferece 3.652 vagas, sendo 3.144 de nível superior e 508 de nível médio, divididas para 32 órgãos e entidades federais, distribuídas em nove blocos temáticos, que agrupam cargos de áreas afins. Esse modelo permite que cada candidato concorra, dentro de um mesmo bloco, a diferentes carreiras.

Os blocos abrangem áreas como Seguridade Social; Infraestrutura, Engenharia e Arquitetura; Justiça e Defesa; Administração Pública e Governança; Desenvolvimento Socioeconômico; Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e para cargos de nível intermediário, nas áreas de Saúde e Regulação. Esse arranjo possibilita que as pessoas inscritas escolham carreiras em um eixo de atuação, de forma integrada e transparente. O concurso terá validade de 12 meses, prorrogáveis por igual período, e formará também um cadastro de reserva que poderá ser utilizado pelos órgãos ao longo do período.

A estrutura do CPNU é composta por até duas etapas. A primeira reúne várias fases, comuns a todos os blocos: prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatório; prova discursiva, também eliminatória e classificatória; avaliação de títulos, quando prevista para determinados cargos; e procedimentos de verificação de cotas e de caracterização da deficiência. Para alguns cargos específicos, há ainda a exigência de defesa de memorial, prova oral ou investigação social e funcional. A segunda etapa consiste em curso ou programa de formação, de caráter eliminatório e classificatório, realizado pelos órgãos aos quais os cargos estão vinculados.

Mais diversidade

Um dos principais diferenciais do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU 2) é seu desenho voltado para a ampliação da representatividade no serviço público federal, combinando reserva de vagas com mecanismos de acessibilidade e inclusão. O edital estabelece cotas que asseguram 25% das oportunidades para pessoas negras, 5% para pessoas com deficiência (PcD), 3% para pessoa indígenas e 2% para pessoas quilombolas, compondo um dos mais abrangentes sistemas de ações afirmativas já adotados em concursos públicos no país.

Com isso, a segunda edição do CPNU recebeu 252.596 inscrições homologadas dentro das cotas destinadas a pessoas negras, indígenas, quilombolas e com deficiência. Entre os pessoas inscritas, 210.882 se autodeclararam negros, correspondendo a 27,7% do total de mais de 760 mil participantes. As candidaturas de pessoas indígenas somam 6.657 inscritos (0,87%), enquanto as pessoas quilombolas registraram 5.004 inscrições (0,66%). Já entre as pessoas com deficiência, foram homologadas 30.053 inscrições, o equivalente a 3,9% do total.

Além das reservas de vagas, foram previstos mecanismos de atendimento especializado, como: provas em braile, videoprova em Libras, tradutor-intérprete de Língua Brasileira de Sinais, guia-intérprete para candidatos surdocegos, provas com letra ampliada (tamanho 18) ou superampliada (tamanho 24), utilização de softwares leitores de tela compatíveis com DosVox e NVDA, auxílio para leitura e para transcrição, leitura labial, apoio para pernas e pés, mesa para cadeira de rodas, mesas e cadeiras adaptadas e cadeira para canhoto. Também há previsão de tempo adicional de 60 minutos em cada dia de aplicação, desde que essa necessidade esteja atestada em laudo médico ou documento equivalente.

O edital contempla ainda situações específicas, como o direito das mães lactantes de amamentar durante a realização das provas, com a presença de acompanhante maior de 18 anos para cuidar da criança em sala reservada, próxima ao local de aplicação. Nesses casos, o tempo utilizado para amamentação será compensado, até o limite de 60 minutos. No dia da prova, as lactantes deverão levar a certidão de nascimento da criança.

Outro ponto relevante é a previsão para candidatos que utilizem marca-passo, pinos cirúrgicos, bombas de insulina ou outros equipamentos metálicos, que, após a comunicação devida à FGV, devem apresentar documentação comprobatória no dia da prova, garantindo o atendimento adequado durante a passagem por detectores de metal. Também é assegurado atendimento especializado para pessoas com doenças infectocontagiosas diagnosticadas após a inscrição, mediante apresentação de laudo.

Outro ponto inovador é a política de equidade de gênero. Em caso de empate na classificação final de cada bloco temático, terá preferência a candidata do sexo feminino. Essa medida busca corrigir distorções históricas e incentivar a maior participação de mulheres em cargos públicos de prestígio e liderança. No CPNU 2, as mulheres representam 60% das pessoas inscritas, o que equivale a 456.300 candidatas.

Regras de segurança e conduta no dia da prova

A magnitude do concurso exige um rigoroso esquema de segurança para garantir a lisura e igualdade de condições. Os portões serão abertos às 11h30 (horário de Brasília) e fechados pontualmente às 12h30 (horário de Brasília). Após esse horário, não será permitida a entrada. A permanência mínima é de duas horas em sala, sob pena de eliminação.

Para cargos de nível superior, as provas acontecem das 13h às 18h (horário de Brasília). Já os cargos de nível intermediário tem provas das 13h às 16h30 (horário de Brasília). O caderno de questões só poderá ser levado na última hora de prova.

A pessoa candidata deve levar consigo um documento oficial de identificação com foto, em original, incluindo versões digitais no aplicativo GOV.BR (CNH Digital, e-Título, Carteira de Identidade Digital). É item obrigatório também caneta esferográfica de tinta azul ou preta, de corpo transparente. É recomendado que os candidatos levem o Cartão de Confirmação de Inscrição (CCI), disponível em https://conhecimento.fgv.br/cpnu2 impresso para facilitar a localização da sua sala de prova.

Não será permitido portar lápis, borracha, corretivo, relógios, bonés, chapéus ou alimentos em embalagens opacas. Lanches e bebidas só poderão ser levados em recipientes transparentes e sem rótulos. Celulares, smartwatches e demais eletrônicos deverão ser desligados e guardados em envelope lacrado. Haverá revista eletrônica e detecção de metais na entrada e saída de salas e banheiros.

Todos os candidatos passarão por coleta de impressão digital e serão submetidos a exame grafológico (transcrição de frase da capa do caderno de questões para o cartão-resposta) reforçando a segurança contra fraudes. O MGI e a FGV recomendam a todas as pessoas candidatas que leiam com atenção as instruções dos cadernos de provas.

Será eliminado quem desrespeitar fiscais ou demais candidatos, tentar fraudar o exame, registrar imagens ou sons, ou descumprir regras de segurança.

Cronograma

  • Aplicação das Provas Objetivas: 05/10/2025

  • Divulgação preliminar dos gabaritos das Provas Objetivas: 06/10/2025

  • Prazo para interposição de recursos quanto às questões e/ou gabaritos: 07 e 08/10/2025

  • Disponibilização da imagem do cartão de respostas, das notas finais das Provas Objetivas e convocação para a Prova Discursiva: 12/11/2025

  • Disponibilização do Cartão de Confirmação de Inscrição para a Prova Discursiva (no portal da FGV: https://conhecimento.fgv.br/cpnu2 ): 12/11/2025 a 01/12/2025

  • Aplicação da Prova Discursiva: 07/12/2025

  • Divulgação da Nota Preliminar da Prova Discursiva e disponibilização do espelho de correção: 23/01/2026

  • Prazo para pedidos de revisão das notas da Prova Discursiva: 26 e 27/01/2026

  • Divulgação do resultado dos pedidos de revisão e do Resultado Definitivo da Prova Discursiva: 18/02/2026

  • Divulgação do resultado dos pedidos de revisão dos títulos e do resultado definitivo dos procedimentos para pessoas candidatas negras, indígenas, quilombolas e PcD: 18/02/2026

  • Divulgação das listas de classificação (vagas imediatas e lista de espera), após fases I a IV: 20/02/2026

  • 1ª Convocação para confirmação de interesse das pessoas classificadas: 20/02/2026

  • Período para a 1ª confirmação de interesse: 21 a 23/02/2026

  • Divulgação das listas após 1ª confirmação de interesse: 27/02/2026

  • 2ª Convocação para confirmação de interesse: 27/02/2026

  • Período para a 2ª confirmação de interesse: 28/02 a 02/03/2026

  • Divulgação das listas após 2ª confirmação de interesse: 06/03/2026

  • 3ª Convocação para confirmação de interesse: 06/03/2026

  • Período para a 3ª confirmação de interesse: 07 a 09/03/2026

  • Divulgação das listas após 3ª confirmação de interesse: 16/03/2026

  • Início das convocações para nomeação e, quando couber, para Investigação Social e Funcional; Defesa de Memorial e Prova Oral; Curso ou Programa de Formação: 16/03/2026

Mais informações: https://www.gov.br/gestao/pt-br/concursonacional

Crédito: Agência Gov

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