Codel integra missão empresarial com Invest Paraná no Catar para atração de novos negócios

O presidente da Codel (Instituto de Desenvolvimento de Londrina), Paulo Henrique Ferreira, integra delegação paranaense que está em missão comercial no Catar. A agenda teve início nesta segunda-feira (29) e termina na quinta (2), em ação organizada pelo Grupo Folha de Londrina, com apoio da Invest Paraná, agência de promoção de investimentos do Governo do Estado.

Durante quatro dias, empresas do setor alimentício participam de rodadas de negócios e encontros estratégicos na capital Doha. De acordo com Giancarlo Rocco, diretor de Relações Internacionais e Institucionais da Invest Paraná, a missão empresarial é uma oportunidade para consolidar a imagem do Paraná como estado competitivo.

“Além da pauta exportadora, estamos levando projetos estruturantes que interessam a fundos de investimento estrangeiros, em áreas como logística, infraestrutura e energia. O Paraná está preparado para dar esse salto e se firmar como porta de entrada para o investimento estrangeiro no Brasil”, afirma.

O presidente da Codel viajou a convite da Invest Paraná. Paulo Henrique Ferreira destaca que a missão é mais uma oportunidade de novos negócios para Londrina e promover as empresas que estão instaladas na cidade.

“A convite da Invest Paraná, viemos realizar a conexão com fundos de investimentos soberanos do Catar, representando também a sociedade civil organizada, como a própria Codel, a Prefeitura de Londrina e a Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina), nesse movimento para atrair novos negócios e promover as empresas que estão instaladas em Londrina”, afirma.

“Estamos no Catar para mostrar que Londrina é uma cidade aberta ao mundo e pronta para receber investimentos em inovação, indústria e tecnologia. Ao mesmo tempo, ajudamos a levar as empresas locais para novos mercados, fortalecendo a imagem do Paraná como protagonista no cenário internacional. O Catar é uma das portas de entrada mais importantes para o Oriente Médio, e queremos que Londrina e o Paraná estejam no mapa de oportunidades”, acrescenta Ferreira.

Rodadas de negócios – A delegação paranaense participa de reuniões com empresários e autoridades do fundo soberano do Catar, encontros promovidos pela Embaixada do Brasil e conversas com um dos maiores grupos importadores da região. Também está prevista audiência com um membro da família Al Thani, que governa o país. Nos últimos dois dias da missão, a programação será dedicada exclusivamente às rodadas de negócios entre empresários paranaenses e potenciais compradores.

Comitiva – A comitiva é composta por representantes de diferentes setores. Entre as empresas participantes estão Tamarindo Melo (carnes premium), Gnova Grains (grãos), The Best Açaí (superalimentos), Villa Dora (geleias artesanais), Nazca (cosméticos) e Super Mathe (alimentos). Também integram a missão o Grupo Folha de Londrina e a fintech Bankme.

Relações com o Catar – O Catar figura entre os países mais ricos do mundo em termos proporcionais, com PIB per capita estimado em US$ 70,8 mil em 2024, segundo o FMI. O país é um dos centros mais dinâmicos do Oriente Médio e integra o mercado halal – alimentos permitidos sob a lei islâmica -, que deve movimentar US$ 10 trilhões até 2030, segundo o relatório State of the Global Islamic Economy. É um grande importador de alimentos, o que abre espaço para a indústria paranaense.

Em 2024, o comércio bilateral entre o Brasil e o Catar somou mais de US$ 1,1 bilhão. O Paraná exportou cerca de US$ 85 milhões, principalmente em carnes de aves congeladas e produtos alimentícios processados. Por outro lado, importou aproximadamente US$ 72 milhões, com destaque para ureia utilizada na agricultura. A missão busca justamente ampliar a presença de produtos paranaenses nesse mercado, explorando também novas frentes de negócios ligadas à segurança alimentar e à demanda crescente por alimentos de origem confiável.

Oportunidade – O CEO da Bankme, empresa do setor financeiro, Thiago Eik, avalia a missão como uma oportunidade histórica. “A viagem ao Catar é um marco que pode ser um divisor de águas no comércio entre os dois países e nos sentimos lisonjeados de estar entre as empresas convidadas para essa tratativa. Temos de um lado o Catar com muito capital e alta demanda por produtos alimentícios e de infraestrutura, de outro, a indústria paranaense que precisa de crédito barato para alavancar sua produção. É um ótimo negócio para todas as partes”, diz. (Com informações da Agência Estadual de Notícias)