A Fomento Paraná recebeu do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), nesta sexta-feira (05), o relatório de mensuração dos impactos das operações de crédito da instituição financeira do Governo do Estado em 2024. O documento está na terceira edição e é fruto de um termo de cooperação entre as entidades e elaborado anualmente, usando como base a Matriz Insumo-Produto do Paraná, que apresenta as relações intersetoriais em uma economia.
De acordo com o estudo, foi estimado que a liberação de R$ 758,9 milhões em financiamentos pela Fomento Paraná em 2024, entre crédito para os municípios e para os empreendedores de micro, pequeno e médio porte, resultou em um aumento de R$ 735 milhões do PIB anual do Paraná. Desse volume, R$ 499 milhões correspondem aos impactos diretos e indiretos e um efeito renda estimado em R$ 236 milhões.
Um município que toma financiamento gera um impacto direto ao contratar uma empreiteira para uma obra. A compra de insumos como cimento e ferro para a execução representa impactos indiretos. O efeito renda se dá na transformação em consumo dos ganhos derivados dos impactos diretos e indiretos, com a elevação da demanda decorrente do aumento da renda dos empregados da empreiteira contratada.
Para o diretor-presidente da Fomento Paraná, Claudio Stabile, o estudo do Ipardes demonstra a importância da Fomento Paraná e do Sistema de Fomento no Estado. “Esse material nos baliza, mostra onde temos que colocar mais força, mais créditos. Talvez mudar alguma estratégia. E ao mesmo tempo mostra que o trabalho está sendo bem-feito”, avaliou.
“Os números são bem impressionantes e importantes, mas sempre há como melhorar e essa é a nossa busca. Temos uma referência daquilo que podemos e deveremos fazer para melhorar ainda mais o crédito, principalmente pequenos negócios, e também no setor público”, completou Stabile ao destacar o trabalho do Ipardes.
“Os dados que apresentamos comprovam a eficácia da Fomento Paraná na oferta de crédito ao setor produtivo, o que garantiu a ampliação dos empregos e da renda dos trabalhadores”, disse o presidente do Ipardes, Jorge Callado.
TRIBUTOS E EMPREGOS – O estudo também avaliou a contribuição do crédito concedido pela Fomento Paraná para a ampliação da arrecadação de ICMS no Estado, estimando aumento anual da ordem de R$ 31,6 milhões — impactos diretos e indiretos de R$ 19,4 milhões e efeito renda de R$ 12,2 milhões.
Em relação à massa salarial e aos empregos, os cálculos apontam para incremento de R$ 317,5 milhões na massa salarial, com ganho anual de R$ 227,4 milhões gerado pelos desdobramentos diretos e indiretos e acréscimo de R$ 90,1 milhões referente ao efeito renda.
Em termos de emprego, há indicação de que os R$ 759 milhões concedidos pela Fomento Paraná foram responsáveis pela criação de 10.813 ocupações, com 8.036 postos de trabalho produzidos pelos impactos diretos e indiretos e 2.777 vagas derivadas do efeito renda. “Admitindo-se que cada emprego beneficie uma família com uma média de quatro pessoas, pode-se dizer que até 40 mil pessoas são impactadas pelo crédito”, explicou Julio Suzuki, diretor de Pesquisa do instituto.
Ainda de acordo com o estudo, as liberações de crédito para financiamento aos municípios no período geraram os maiores impactos sobre o PIB do Paraná, acrescentando R$ 425 milhões ao citado agregado econômico. Os financiamentos para o setor privado elevam o PIB estadual em R$ 310 milhões, estimando-se um aumento de R$ 39 milhões somente com as operações de crédito do Banco da Mulher Paranaense.
Fonte: AEN PR