quinta-feira, outubro 16

Estatais são estratégicas para transição ecológica nacional, reforça Esther Dweck

A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck, destacou o papel estratégico do Estado brasileiro e das empresas públicas na transição para uma economia de baixo carbono. Dweck participou na tarde desta quarta-feira (15/10) do Encontro Global sobre Empresas Estatais e Ação Climática.

Ela reforçou que o Brasil vive um momento decisivo, no qual o Estado tem papel essencial na coordenação das políticas de transição ecológica. E defendeu que é central a atuação do Estado brasileiro nessa agenda climática.

Entre os instrumentos de ação que o MGI coordena, como a gestão de pessoas, o governo digital e as compras públicas, está a coordenação das empresas estatais. São elas que ajudam a transformar as estratégias de transição ecológica em ações concretas”, afirmou.

A titular da pasta da Gestão lembrou que a ideia de o Brasil sediar a COP 30 nasceu ainda durante o período de transição do governo, como iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “A decisão de realizar a conferência na Amazônia foi justamente para que o mundo conheça de perto a região e veja o compromisso do país com o desenvolvimento sustentável”, destacou.

Ao abordar os desafios para a descarbonização da economia, Esther Dweck enfatizou que o processo deve combinar inovação, justiça social e soberania nacional. Para a ministra, a descarbonização não é um custo e sim um investimento no futuro. “É uma chance de fortalecer nossa base produtiva, gerar empregos de qualidade e ampliar a autonomia do Brasil diante dos desafios climáticos”, disse.

Esther Dweck enfatizou que enfrentar a crise climática exige fortalecer a presença e a qualidade do Estado. A ministra apontou que é preciso aprimorar as capacidades estatais, pois a transição ecológica requer um Estado capaz de planejar, coordenar e investir com integridade e eficiência. “Um Estado que forma pessoas, cria mercados, reduz incertezas e garante serviços públicos de qualidade”, afirmou.

Para ela, as estatais são um patrimônio do país e um instrumento de futuro. “Com o compromisso do presidente Lula, seguimos fortalecendo a governança e orientando investimentos para onde fazem diferença: reduzir emissões, gerar emprego e consolidar nossa soberania”, complementou.

A ministra lembrou também que o Brasil, como economia emergente, enfrenta o duplo desafio de acelerar a transição para uma economia de baixo carbono e, ao mesmo tempo, de acelerar bases produtivas, elevando-as a níveis mais complexos, resilientes e inclusivos. “São desafios e objetivos complementares”, avaliou. E concluiu que “o lugar onde estamos hoje nos reunindo, o Cenpes, simboliza a capacidade do Estado brasileiro de inovar e realizar pesquisas de ponta, construindo nosso futuro sustentável e justo”, reforçou a ministra.

Sobre o evento

O evento é organizado pelo MGI em parceria com a Petrobras e conta com apoio da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais e da Open Society Foundations (OSF). Realizado no Centro de Pesquisa da Petrobras, no Rio de Janeiro, reuniu representantes de governos, empresas estatais, universidades e autoridades internacionais, marcando mais uma etapa da preparação do Brasil para sediar a COP 30. 

Crédito: Agência Gov

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