terça-feira, outubro 7

Haddad: ‘Taxa de juros está excessivamente restritiva’

Ministro da Fazenda comenta taxa básica de juros definida pelo Banco Central e destaca cenário econômico positivo do Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou que a taxa básica de juros da economia (Selic) está excessivamente restritiva. A afirmação foi durante o programa Bom Dia, Ministro desta terça-feira (7/10). A taxa, definida pelo Banco Central, atualmente em 15% ao ano. Para o ministro, seus comentários “como autoridade econômica”, são normais numa democracia, e são no sentido de ajudar.

Eu tenho dito que, na minha opinião, a taxa de juros está excessivamente restritiva. Isso é um desrespeito ao Banco Central? Não. O Banco Central tem o trabalho dele, eu tenho respeito institucional, independentemente de quem seja o presidente”, disse o ministro

“Quando eu emito essa opinião, é nesse sentido de querer ajudar. Eu penso que a taxa de juros está excessivamente restritiva. Tem gente no mercado financeiro que também acha isso, tem gente que discorda, tem gente do setor produtivo que acha isso, tem gente que discorda, tem gente no governo que acha isso, tem gente que discorda. Normal.”

Haddad comentou que o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda durante sua gestão e foi indicado ao cargo no Banco Central com o seu aval. “ Não tem problema duas pessoas civilizadas conversarem e, inclusive, convergirem ou não sobre determinados temas”, afirmou.

“Quanto mais informações nós fizermos chegar ao Banco Central, melhor vai ser a decisão que ele vai tomar. Então, o papel da Fazenda é fazer chegar as informações da economia que nós estamos enxergando. É nossa obrigação, inclusive, fazer chegar essas informações ao comitê que decide a taxa Selic, e nós estamos fazendo nosso trabalho. A decisão é deles, mas o nosso papel é incrementar o fluxo de informações para que as decisões sejam as mais técnicas e benéficas possíveis”, explicou Haddad.

Cenário econômico

Nesse sentido, o ministro destacou o cenário positivo da economia, com resultados no emprego, crescimento, redução da desigualdade e inflação.

Se você comparar o resultado fiscal deste governo do presidente Lula, ele será melhor do que os dois governos anteriores. Isso também no que diz respeito à inflação, desemprego e crescimento”, disse

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“O trabalho que o presidente Lula está fazendo é de resgate da cidadania no Brasil. Veja que nós resgatamos todos os programas sociais que foram descontinuados pelos governos anteriores: Minha Casa, Minha Vida, Farmácia Popular. Tudo aquilo que a gente queria ver: Desenrola, Crédito do Trabalhador. Tudo isso foi um trabalho de recuperação, reconstrução da economia. Disse e repito: nós vamos entregar a menor inflação em quatro anos, vamos voltar a crescer com um crescimento médio, no mínimo, o dobro dos dois governos anteriores, o resultado primário, desemprego”, citou Haddad.

Para o ministro, o aumento do salário mínimo, o aumento da média salarial dos trabalhadores e a aprovação de isenção do Imposto de Renda para mais de 10 milhões de brasileiros que ganham até R$ 5 mil por mês, estão tornando o Brasil cada vez menos desigual.

Nós vamos também entregar um País menos desigual. Então se você pegar crescimento, desemprego, ganho de renda, inflação, resultado primário, se você conseguir entregar tudo isso com resultados melhores do que os que vem acontecendo nos últimos 10, 12 anos, eu penso que você está fazendo um trabalho na direção correta, e é isso que nós estamos perseguindo”, afirmou Haddad

Crédito: Agência Gov

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