Com mais de 56 mil microempreendedores individuais (MEIs) em atividade e um ambiente favorável à abertura de novos negócios, Londrina é novamente reconhecida como um dos 177 municípios empreendedores do Paraná pelo Programa Cidade Empreendedora, iniciativa do Sebrae/PR.
O prêmio foi entregue durante o PRacelerar 2025 – Encontro Estadual de Ambientes de Negócios, realizado entre os dias 1º e 3 de outubro, em Foz do Iguaçu. O evento reuniu mais de 200 agentes de inovação, secretários municipais e lideranças em busca do desenvolvimento de ambientes de negócios funcionais para os municípios do estado.
A cidade esteve representada pelo consultor da área de Ambiente de Negócios do Sebrae/PR, Sergio Ozorio, a gerente de Turismo da Codel (Instituto de Desenvolvimento de Londrina) e agente de desenvolvimento, Tatiana Porto, e a coordenadora de Turismo da companhia, Marilza Miranda.
Todos integram o Comitê Gestor das Micro e Pequenas Empresas de Londrina, que é presidido pelo presidente da Codel, Paulo Henrique Ferreira, e reúne também representantes da Secretaria Municipal de Fazenda, Secretaria Municipal de Trabalho, Emprego e Renda, Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), do Sindicato das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações, Pesquisas e de Serviços Contábeis de Londrina e Região (Sescap Londrina), Sindicato dos Contabilistas de Londrina (Sincolon), a subseção Londrina da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o núcleo regional da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).
Programa – O programa Cidade Empreendedora tem foco na criação de um ambiente de negócios favorável, capaz de impulsionar o desenvolvimento econômico a partir de 10 eixos estratégicos: Gestão Municipal, Lideranças Locais, Desburocratização, Sala do Empreendedor, Compras Governamentais, Educação Empreendedora, Inclusão Socioprodutiva, Marketing Territorial e Setores Econômicos, Cooperativismo e Crédito, Inovação e Sustentabilidade.
O consultor do Sebrae/PR Rubens Palma explica que existe um acompanhamento desses municípios para verificar como está sendo o processo evolutivo de cada um. “As cidades que participam do programa observam uma evolução. Um exemplo é a simplificação: quando o município amplia o número de atividades de baixo risco, estimula a abertura de empresas, gera mais impostos e empregos e faz com que o dinheiro circule na própria região. É preciso lembrar que as micro e pequenas empresas são responsáveis por mais de 90% dos empregos locais, o que representa crescimento econômico para cada município”, ressalta.
Bem no ranking – Londrina tem se destacado no estímulo à abertura de empresas. Neste ano, o município subiu do 7º para o 2º lugar no ranking estadual das 10 maiores cidades ao reduzir drasticamente o tempo médio para abertura de empresas, passando de 7 horas em maio para 1,7 hora no mês de julho. Está atrás apenas de Curitiba, que contabiliza 1,5 hora.
É um avanço significativo em poucos meses, já que, em 2024, o município havia registrado média anual de 13,3 horas e ocupava a 9ª posição. Os números são do Mapa de Empresas, indicador que mensura o tempo médio para a abertura de empresas no país e é elaborado pelo Ministério da Economia.
Índice de evolução – A evolução dos municípios para um melhor ambiente de negócios às micro e pequenas empresas é mensurada por meio do IDAN-M (Índice de Desenvolvimento de Ambientes de Negócios). Segundo o consultor de Ambiente de Negócios do Sebrae/PR, Sergio Ozorio, em 2024 Londrina atingiu 85 pontos, acima da média dos municípios participantes, que foi de 81 pontos, em uma escala de 0 a 100.
Já as cidades que não fazem parte do programa registraram média de 50 pontos, evidenciando a relevância da iniciativa para fortalecer a economia local. Por isso a importância de Londrina estar inserida no Cidades Empreendedoras.
Ozorio pontua que o programa prevê a criação do Comitê da Lei Geral da MPE (Micro e Pequena Empresa), criada em 2009, que realiza as articulações para regulamentar ações relativas a crédito, compras públicas, simplificação e desburocratização, inovação, cultura empreendedora, associativismo, acesso à Justiça e tributação. “Londrina tem mais de 56 mil MEIs e em torno de 80 mil MPEs”, destaca.
Transformando vidas – A agente de desenvolvimento da Codel, Tatiana Porto, afirma que a Sala do Empreendedor, localizada na Secretaria Municipal de Trabalho, Emprego e Renda, tem o certificado de selo A pelo bom atendimento prestado às pessoas que buscam a formalização como MEIs.
“Como agente de desenvolvimento do município, é um privilégio participar do Comitê Gestor das Micro e Pequenas Empresas de Londrina e das ações voltadas ao estímulo ao empreendedorismo porque é uma atividade que realmente muda a vida das pessoas e movimenta boa parte da economia da cidade. É a costureira que estava endividada, mas conseguiu abrir o MEI na Sala do Empreendedor e teve acesso ao crédito da Fomento Paraná a juro muito baixo, por exemplo. A formalização é uma proteção e segurança aos microempreendedores”, relata.
Com informações da Agência Sebrae/PR.
Crédito: Prefeitura de Londrina
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