quarta-feira, outubro 15

Ministério da Saúde orienta uso do Fomepizol no tratamento de intoxicação por metanol

O Ministério da Saúde publicou a Nota Técnica nº 127/2025 com orientações atualizadas sobre o uso do Fomepizol 1 g/mL no tratamento de casos suspeitos ou confirmados de intoxicação por metanol no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Destinada a gestores e profissionais da rede de urgência e emergência, a publicação reúne recomendações clínicas, indicações terapêuticas e diretrizes para garantir o acesso oportuno ao antídoto em serviços estratégicos do sistema.

A intoxicação por metanol é uma emergência médica grave, frequentemente associada ao consumo de bebidas adulteradas, e pode levar rapidamente a quadros de acidose metabólica severa, distúrbios neurológicos e visuais e até ao óbito. O fomepizol atua como antídoto ao inibir a formação de metabólitos tóxicos no organismo, interrompendo a progressão do quadro e reduzindo significativamente os riscos de complicações. Sua utilização representa um avanço importante na resposta clínica a esse tipo de intoxicação, oferecendo aos serviços de saúde uma alternativa terapêutica segura, eficaz e de fácil aplicação.

Para o diretor do Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência do Ministério da Saúde, Fernando Figueira, a disponibilização do antídoto e a definição de protocolos claros fortalecem a capacidade de resposta do SUS frente a esse tipo de emergência. “O fomepizol representa uma ferramenta essencial no manejo clínico das intoxicações por metanol, garantindo maior eficácia no tratamento e ampliando as chances de recuperação dos pacientes. Ao orientar a rede sobre o uso correto do medicamento, damos um passo importante para salvar vidas e reduzir complicações graves decorrentes dessa intoxicação”, afirma.

A eficácia do medicamento, aliada ao baixo potencial de efeitos adversos e ao perfil de eliminação prolongada, faz do fomepizol uma opção terapêutica segura e eficiente. O documento destaca que o tratamento deve sempre ser acompanhado de medidas de suporte clínico — como hidratação e correção de distúrbios metabólicos — e pode ser associado à hemodiálise nos casos mais graves.

O documento também reforça a importância da organização da rede assistencial para assegurar resposta rápida aos casos de intoxicação. A distribuição do antídoto deve priorizar hospitais com leitos de UTI e suporte dos Centros de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), além de unidades sem UTI com apoio remoto especializado e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h), que podem realizar a administração inicial antes da transferência do paciente.

Ao publicar a Nota Técnica nº 127/2025, o Ministério da Saúde reafirma o compromisso com a qualificação da resposta clínica às intoxicações por metanol — um desafio de saúde pública que exige atuação ágil, integrada e segura. O uso adequado do fomepizol, aliado a protocolos bem estruturados e a uma rede articulada de atendimento, é fundamental para salvar vidas e fortalecer o papel do SUS na proteção da população.

Quer saber mais? Acesse a íntegra da Nota Técnica nº 127/2025

Crédito: Agência Gov

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