
Estrutura é necessária para operacionalizar instrumentos de mercados de carbono nacional e internacional, que incluem iniciativas baseadas em projetos florestais
O Governo Federal publicou no Diário Oficial da União publicou, desta sexta-feira (17/10), o Decreto 12.678/25 , que altera a estrutura interna do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e cria o Departamento de Instrumentos de Mercado e REDD+ (Dimer).
O novo departamento tem como objetivo elaborar diretrizes para a formulação e a implementação de iniciativas relacionadas a instrumentos de precificação de carbono e sua relação com a Política Nacional de Mudança do Clima (PNMC).
O REDD+ (Redução de Emissões de Desmatamento e Degradação Florestal) é um mecanismo de incentivo financeiro, negociado no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), para países em desenvolvimento que conseguem reduzir suas emissões de gases de efeito estufa provenientes do desmatamento e da degradação florestal. O instrumento inclui também atividades como conservação, manejo sustentável e aumento de estoques de carbono nas florestas.
Entre as atribuições do Dimer estão subsidiar, assessorar e participar de negociações internacionais e de debates relacionados com instrumentos de precificação de carbono, em articulação com a Assessoria Especial de Assuntos Internacionais e com os demais órgãos competentes do MMA.
Também deverá subsidiar tecnicamente os órgãos designados acerca da integridade ambiental de créditos de carbono gerados por projetos e programas baseados em atividades florestais, além de exercer o papel de Autoridade Nacional Designada pelo Artigo 6º do Acordo de Paris.
O secretário nacional de Mudança do Clima do MMA, Aloisio Melo, disse que o novo departamento é uma conquista para o ministério. “A Secretaria Nacional de Mudança do Clima do MMA passa a ter uma equipe dedicada ao tema do mercado de carbono, incluindo os mecanismos de mercado internacional sob o Acordo de Paris, os créditos de carbono de base florestal e instrumento de REDD+”, declarou.
Segundo Melo, a criação do Dimer irá potencializar os fluxos de financiamento para as atividades de descarbonização necessárias para o país alcançar as metas climáticas, com alta integridade ambiental, garantia de participação das comunidades e segurança jurídica para todas as partes envolvidas.
Crédito: Agência Gov
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