A educação pública do Paraná vive um novo capítulo marcado por tecnologia, sustentabilidade e conforto. Com a meta de substituir todas as salas de aula de madeira ainda existentes na rede estadual, o Governo do Estado tem investido em soluções construtivas inovadoras que estão transformando o ambiente escolar.
A iniciativa é conduzida pela Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR), por meio do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar). Até o momento, 320 das 504 salas de madeira identificadas já foram substituídas – 63% do total – com um investimento aproximado de R$ 103 milhões, beneficiando 11,2 mil alunos. Outras 143 salas estão em obras, o que levará esse índice para 91,8%.
Com obras que levam, em média, de 30 a 60 dias para serem concluídas, os novos espaços utilizam as metodologias Wood Frame e madeira engenheirada – sistemas construtivos modernos, sustentáveis e de alta precisão. Ambos se destacam por utilizarem estruturas leves e pré-fabricadas, reduzindo a geração de resíduos e proporcionando maior qualidade, segurança e durabilidade.
Além disso, são feitas com madeira reflorestada, mais sustentável e resistente estruturalmente, também resistente ao fogo e oferecendo melhor isolamento térmico e acústico.
“A erradicação das salas de madeira é um compromisso para garantir dignidade, conforto e qualidade no ambiente escolar. Cada sala substituída representa melhores condições de aprendizado e mais tranquilidade para famílias e professores”, afirma o secretário estadual da Educação, Roni Miranda.
VANTAGENS – A diretora-presidente do Fundepar, Eliane Teruel Carmona, explica que as reformas vão além de melhorias estruturais. “Este projeto é um marco na história da infraestrutura escolar do Paraná. Estamos trabalhando para que nossos estudantes tenham espaços de aprendizagem que inspirem, acolham e garantam condições adequadas para o desenvolvimento pedagógico”.
Além do ganho estético, as novas salas resolvem problemas estruturais comuns das construções antigas, como umidade, desgaste, infiltrações e infestação por fungos e insetos, fatores que comprometem a segurança e a durabilidade dos prédios. Com melhor isolamento térmico, elas também proporcionam conforto em dias frios ou quentes, e o aperfeiçoamento acústico contribui para aulas mais dinâmicas e maior concentração dos estudantes.
“As antigas salas de madeira eram menos eficientes em termos de ventilação, iluminação e acabamento. Com as novas tecnologias, conseguimos entregar um padrão de qualidade adequado às demandas pedagógicas atuais”, destaca a engenheira do Fundepar Daysi Fátima Tiniolo Santos.
IMPACTO – O impacto dessa transformação é perceptível em todo o Estado. No Colégio Estadual do Campo Ilha Rasa, em Guaraqueçaba, no Litoral, cinco salas antigas foram substituídas por estruturas modernas, mudando completamente a rotina escolar.
“O assoalho estava tomado por cupins e o calor era insuportável. Isso desmotivava os alunos, que se queixavam dos buracos nas paredes e da interdição de espaços. A infraestrutura influencia diretamente na aprendizagem”, relata o diretor Aramis Oilke Barbosa.
A escola também recebeu equipamentos e mobiliários modernos, como ventiladores, ar-condicionado, computadores, tablets e notebooks, ampliando ainda mais as possibilidades pedagógicas. “No primeiro dia de aula após a reforma, os alunos chegaram antes do horário e ficaram admirados com as novas salas. Percebemos um salto na autoestima, no engajamento e no comportamento em sala. Hoje temos um ambiente que vai além dos livros. Ele transmite cuidado, respeito e esperança”, comemora o diretor.
Fonte: AEN PR