
A declaração ministerial do Grupo de Trabalho de Redução do Risco de Desastres (GTRRD) do G20, sob presidência da África do Sul, marcou o fim das reuniões técnicas sobre o tema na Cidade do Cabo, na África do Sul, neste domingo (12/10), refletindo um avanço na consolidação da agenda global em resiliência e desenvolvimento sustentável.
O documento reafirma o compromisso dos países em fortalecer capacidades locais, promover a reconstrução sustentável e ampliar o acesso a mecanismos de financiamentos justos, com especial atenção às nações mais vulneráveis.
O secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, detalhou que “a construção da declaração exigiu intenso diálogo e cooperação entre países com realidades muito distintas, mas unidos pelo mesmo propósito, o de proteger vidas e reduzir perdas”. Wolnei também ressaltou a importância de reafirmar os compromissos assegurados na declaração ministerial do Brasil , em 2024, durante a presidência brasileira do G20. “Temos uma base sólida para orientar ações concretas que integram a redução do risco de desastres às políticas de desenvolvimento”, afirmou.
O secretário acrescentou que “é fundamental manter, em todos os espaços multilaterais, a defesa do combate às desigualdades como eixo central da redução de vulnerabilidades”. A declaração final, ancorada nos princípios da solidariedade, igualdade e sustentabilidade, reafirma que a gestão de riscos de desastres não é apenas uma pauta humanitária, mas um investimento estratégico para o desenvolvimento e a estabilidade global.
Presidência do Brasil
Entre dezembro de 2023 e novembro de 2024, o Brasil assumiu, pela primeira vez, a presidência do G20 e colocou na pauta prioridades como a reforma da governança global, as três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental) e o combate à fome, pobreza e desigualdade.
No Grupo de Trabalho de Redução do Risco de Desastres, foram adotadas seis prioridades para orientar as ações brasileiras e as contribuições dos países membros. Foram elas:
– Combater as desigualdades e reduzir as vulnerabilidades;
– Cobertura global dos sistemas de alerta precoce;
– Infraestruturas resilientes a catástrofes e às alterações climáticas;
– Estratégias de financiamento para redução do risco de desastres;
– Recuperação, reabilitação e reconstrução em caso de desastres;
– Soluções baseadas na natureza.
G20
O Grupo dos Vinte, o G20, nasceu após uma sequência de crises econômicas mundiais. Em 1999, países industrializados criaram um fórum para debater questões financeiras. Em 2008, no auge de mais uma crise, o grupo teve a primeira reunião de cúpula com chefes de Estado e, desde então, não parou de crescer no âmbito das discussões sobre estabilidade econômica global.
Com presidências rotativas anuais, o G20 desempenha papel importante nas grandes questões econômicas internacionais. Atualmente, além de 19 países dos cinco continentes (África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia), integram o fórum a União Europeia e a União Africana. O grupo agrega dois terços da população mundial, cerca de 85% do PIB global e 75% do comércio internacional.
A agenda do G20 inclui outros temas de interesse da população mundial, como comércio, desenvolvimento sustentável, saúde, agricultura, energia, meio ambiente, mudanças climáticas e combate à corrupção.
Crédito: Agência Gov
Leia Mais em: O Maringá