quinta-feira, setembro 25

Paraná lidera ranking nacional de proporção de escolas com laboratórios de ciências

O Paraná é o estado brasileiro com a maior proporção de escolas que contam com laboratórios de ciências, segundo a edição 2025 do Anuário Brasileiro da Educação Básica, elaborado pela ONG Todos Pela Educação. O Estado aparece com 77,1% das unidades dos anos finais do ensino fundamental e 83,5% das escolas de ensino médio equipadas com laboratórios, índices bem acima da média nacional, que é de 26,9% e 46,9%, respectivamente.

A liderança é ainda mais significativa porque a responsabilidade pela oferta da educação básica nessas etapas – do 6º ao 9º ano e no ensino médio – cabe prioritariamente aos governos estaduais. No cenário nacional, o Distrito Federal é o segundo colocado nos anos finais do fundamental (59,9%), seguido do Espírito Santo (47,9%). No ensino médio, o Rio Grande do Sul aparece na vice-liderança (83,3%), com o Distrito Federal em terceiro lugar (82%).

Quando se consideram apenas as escolas públicas, os resultados do Paraná continuam acima da média. No ensino fundamental II, 71,8% das escolas estaduais têm laboratórios de ciências, contra 20,3% no Brasil e 43,6% na região Sul. Em seguida aparecem Espírito Santo (38,9%) e Rio Grande do Sul (35,1%). Já no ensino médio, o Paraná conta com 81,6% de cobertura, ficando atrás apenas do Ceará (88,4%) e à frente do Rio Grande do Sul (80,2%), enquanto a média nacional é de 46,9%.

Os laboratórios de ciências são espaços equipados para experimentação e investigação prática, utilizados principalmente nas aulas de Ciências, no ensino fundamental II, e de Biologia, Física e Química, no ensino médio. Neles, os estudantes podem observar fenômenos, manipular materiais, realizar experiências e comprovar na prática conceitos aprendidos em sala de aula.

A presença desse tipo de estrutura enriquece o processo de aprendizagem porque transforma conteúdos abstratos em experiências concretas. Além de ampliar a compreensão dos temas, os laboratórios despertam a curiosidade científica, estimulam o raciocínio lógico e incentivam o trabalho em grupo, aproximando os jovens de áreas estratégicas como ciência, tecnologia e inovação.

Na avaliação do secretário estadual da Educação, Roni Miranda, os dados do anuário comprovam que a educação de qualidade vai muito além do conteúdo que é ensinado em sala. “Um ambiente físico bem cuidado e com recursos de ponta impactam diretamente na qualidade de vida dos nossos alunos, que estudam melhor, aprendem melhor e continuam garantindo que a educação do Paraná seja a melhor do País”, afirmou.

Foto: Secom

 

Foto: Secom

INVESTIMENTO RECORDE – Apenas no 1º semestre de 2025 o Governo do Paraná destinou, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seed), R$ 1 bilhão para melhorias na infraestrutura das escolas paranaenses e outros R$ 132 milhões em reformas para 1.600 colégios.

A medida resultou numa alta aprovação da comunidade escolar, confirmada pela primeira pesquisa da história da Seed sobre as condições da infraestrutura escolar junto aos estudantes paranaenses. Dos 720 mil alunos ouvidos em sala de aula, 79% disseram que os colégios estaduais estão em boas condições, precisando de pouco ou nenhum reparo. No caso específico dos laboratórios de ciências e informática, 76,2% deles consideram que os atuais espaços são bons ou ótimos.

Os resultados da ampliação dos repasses para a educação também se refletem nos indicadores do setor. Em 2024, o Paraná manteve a liderança nacional do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), referente ao ano de 2023. O Estado ampliou de 4,8 para 4,9 a nota do Ideb no ensino médio e de 5,4 para 5,5 nos últimos anos do ensino fundamental.

Há menos de um mês, o Ranking de Competitividade dos Estados 2025 também apontou um salto na educação paranaense, cuja nota subiu de 71,22 para 80,9 de acordo com os critérios do levantamento, elaborado pelo Centro de Liderança Pública. O Paraná liderou em dois indicadores: avaliação da educação, que leva em conta os programas estaduais de avaliação da educação básica; e o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), replicando a liderança já apontada pelo Inep.

ANUÁRIO – O Anuário Brasileiro da Educação Básica é uma publicação anual da ONG Todos Pela Educação, em parceria com a Editora Moderna, que reúne e analisa os principais indicadores do setor no Brasil.

Desde 2012, o documento consolida informações de fontes oficiais, como o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, apresenta um retrato detalhado da educação básica, abordando desde acesso e permanência até infraestrutura e desempenho escolar.

A iniciativa tem como objetivo apoiar gestores públicos, pesquisadores e a sociedade em geral no acompanhamento das políticas educacionais e na construção de estratégias que garantam o direito à educação de qualidade para todos.

Fonte: AEN PR