quinta-feira, outubro 2

Prefeitura desenvolve Projeto de Lei para que Londrina se torne Cidade Educadora

A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), está desenvolvendo um Projeto de Lei (PL) para que Londrina se torne uma Cidade Educadora, integrando o município à Associação Internacional de Cidades Educadoras (AICE) e aos princípios da Carta das Cidades Educadoras. O documento, elaborado em 1990 em Barcelona (Espanha), sustenta que as cidades possuem um potencial educativo que precisa ser reconhecido e fortalecido, tanto pela comunidade quanto pelo poder público, com o objetivo de promover a qualidade de vida da população. O PL deve ser encaminhado ainda em outubro para aprovação na Câmara Municipal de Londrina.

Para tratar do assunto, na manhã desta quinta-feira (2) foi realizada uma reunião, na sede da Prefeitura, com o prefeito Tiago Amaral; a primeira dama do município, Juliana Amaral; os secretários municipais de Educação, Vânia da Costa, e de Cultura, Marcão Kareca; as professoras e servidoras da SME, Rubia Gonzaga, Eliane Candoti e Bruna Yamashita; e a servidora da Secretaria de Cultura, Solange Batigliana. Participou, por videoconferência, Nelson Bucker, da Secretaria de Desenvolvimento Humano da Prefeitura de Curitiba. Bucker é um articulador das Cidades Educadoras, rede da qual Curitiba faz parte, e presta assessoria para diversos municípios sobre o tema.

Nas Cidades Educadoras, a Educação deve orientar as políticas públicas do município, assegurando que o processo de aprendizagem seja contínuo, inclusivo e acessível a todos em condições de igualdade. Uma Cidade Educadora valoriza o acesso à cultura, saúde e cidadania, promove a formação de agentes educativos, e reconhece e valoriza os saberes locais e comunitários, promovendo o diálogo, a participação popular e a prática democrática nas tomadas de decisão. Atualmente, há 500 cidades educadoras em 30 países, das quais 41 são brasileiras.

Secretária de Educação, Vânia Costa. Foto: Emerson Dias / NCom

A secretária municipal de Educação, Vânia da Costa, disse que a Cidade Educadora tem conexão com todos os órgãos que envolvem a educação, incluindo Idoso e Assistência Social, entre outros. “É uma conexão em que a cidade reflete sobre como aprimorar a educação, transformar o espaço urbano e promover melhorias na vida dos cidadãos. Por isso, é fundamental que Londrina faça parte desse movimento. Já existem diversas cidades engajadas, como Curitiba e outros 40 municípios que atuam sob a perspectiva de Cidade Educadora. Com a aprovação do PL, Londrina terá a oportunidade de estabelecer essa articulação entre diferentes setores, unindo esforços para tornar a cidade cada vez melhor”, enfatizou.

Foto: Emerson Dias / NCom

A professora e servidora da SME, Rubia Gonzaga, explicou que o objetivo do projeto é fazer com que toda a cidade se torne educadora. “As ações são intersetoriais e envolvem todas as secretarias, como Idoso, Saúde, Mulher e Assistência Social, entre outras. Será necessário ter uma equipe em cada secretaria para desenvolver esse trabalho intersetorial”, contou.

A professora Eliane Candoti destacou que diversas ações já apontam Londrina como uma Cidade Educadora. “Nós temos vários fatores envolvendo cultura, ambiente e educação que dialogam com todos os setores. Uma Cidade Educadora traz investimentos, desenvolvimento, e os frutos retornam para a cidade como um todo, proporcionando melhorias na qualidade de vida, no desenvolvimento econômico e cultural da cidade”, afirmou.

A professora Bruna Yamashita enfatizou que, ao integrar a Associação Internacional de Cidades Educadoras, o município tem a oportunidade de conhecer as práticas de outras cidades, que se reúnem a cada dois anos no Encontro Internacional das Cidades Educadoras. Além disso, Londrina também passará a participar do encontro da Rede Brasileira de Cidades Educadoras, cuja próxima edição será realizada neste mês, em Passo Fundo, Rio Grande do Sul. “É muito interessante porque cada cidade compartilha as suas experiências educadoras em diversos setores”, disse.

Yamashita destacou que ser uma Cidade Educadora é como criar uma grande consciência entre todos os agentes públicos para pensar o impacto educativo em todas as faixas etárias, dos bebês aos idosos, na totalidade das ações de uma cidade. “Por exemplo, na instalação de uma rua ou de uma escultura, na construção de uma praça, ou seja,  pensar em como eu impactarei os cidadãos de forma educadora a partir dessa minha ação, da implementação no espaço urbano e rural de um município, considerando o todo. Por todos estes benefícios, é um grande desejo que nós temos de nos tornarmos uma cidade educadora, porque nós já temos todo esse potencial”, afirmou.

Crédito: Prefeitura de Londrina

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