
A Prefeitura do Rio inaugurou, nesta sexta-feira (17/10), o primeiro aterro exclusivo para receber Resíduos da Construção Civil (RCC) da cidade, em Gericinó, na Zona Oeste. Nesta etapa inicial, com 40,6 mil m², o local tem capacidade para receber até 250 toneladas/dia de resíduos da construção civil. Em até cinco anos, poderá receber cerca de 480 mil toneladas de resíduos, o que equivale a 128 piscinas olímpicas cheias de entulho. Atualmente, a estimativa é que a Comlurb recolhe cerca de mil toneladas por dia de entulho descartado em locais indevidos.
– Tenho desafiado a Comlurb, uma empresa que nos orgulha tanto, a investir muito em eficiência. Claro que tem um trabalho de conscientização da população, mas também temos que apresentar boas alternativas e os caminhos adequados para a população. E a Comlurb tem feito uma série de gols como o programa de coleta domiciliar interna, em que o índice de percepção de limpeza aumentou enormemente. A perspectiva de economia em não ter de levar entulho para o aterro de Seropédica é de R$ 80 milhões por ano. Um dinheiro que pode ser usado para fazer hospital, Bairro Maravilha, construir escolas e clínicas da família – afirmou o prefeito do Rio, Eduardo Paes.
A área total do aterro será de mais de 111 mil m², após a conclusão da segunda fase. O novo espaço é localizado ao lado do antigo aterro que recebia resíduos orgânicos e foi fechado em 2014. Agora, o principal objetivo é reduzir o descarte irregular de resíduos da construção civil, em especial na região compreendida pelos bairros de Bangu, Realengo e Campo Grande, que sofre com o descarte irregular de entulho em logradouros.
– Em 2021, quando o Eduardo Paes volta para a Prefeitura, além da pandemia, havia uma ausência total dos serviços públicos. E uma das áreas em que estávamos realmente numa epidemia, com ausência completa de qualquer tipo de indicação de legalidade, era a dos caçambeiros. Era algo que estava organizado na outra gestão do prefeito Eduardo Paes, com uma relação harmoniosa deles com a Comlurb. Com plano, gestão e rumo faz-se uma grande diferença. Um gol de placa da Comlurb – disse o vice-prefeito Eduardo Cavaliere.
A princípio, os resíduos serão aterrados, mas há a previsão para que, até o segundo semestre de 2027, seja implantada, no mesmo local, uma Usina de Beneficiamento de RCC que processará os resíduos e vai transformá-los em os insumos para a construção civil (pó de pedra, bica corrida, brita e rachão).

Desde o dia 1º de outubro, o aterro passa por um período de teste e tem recebido os resíduos coletados pela própria Comlurb, tanto nos ecopontos quanto nas operações de remoção mecanizada em pontos de descarte irregular. O entulho pode ser removido gratuitamente pela Companhia a partir da solicitação pelo whatsapp da Central de Atendimento 1746 da Prefeitura (limite de 150 sacos de 20 litros por pedido). E Qualquer cidadão ou empresa também pode fazer o descarte de entulho diretamente no novo aterro, ao custo de R$ 30 por tonelada.
– Hoje é um dia muito importante para o Rio de Janeiro com a inauguração do primeiro aterro público de resíduos da construção civil. Foram investidos cerca de R$ 35 milhões na execução. Para cá vão vir os resíduos da nossa coleta gratuita, dos ecopontos, dos caçambeiros, dos carroceiros, das construtoras. O Rio virou a página e não existe mais o argumento de que não tem onde colocar os resíduos da construção civil. Com isso, haverá menos lixo nas ruas, melhora da logística e diminuição dos custos da Comlurb – declarou o presidente da Comlurb, Jorge Arraes.
A partir do próximo dia 27, o espaço já estará aberto a receber resíduos da construção civil coletados pelas 137 empresas atualmente credenciadas na Comlurb. Vale ressaltar que o aterro só receberá entulho limpo, sem mistura com o lixo doméstico e outros tipos de resíduos que não estão previstos no licenciamento ambiental do RCC.
O aterro foi licenciado pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) para recebimento de Resíduos de Demolição e Construção Civil (Não Perigosos), Classes A, B e C. Além de resíduos de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem, como: tijolos, blocos de concreto, telhas, placas de revestimento e componentes cerâmicos (restos de piso, ladrilhos e azulejos).
Crédito: Prefeitura do Rio de Janeiro
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