
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Londrina divulga, nesta quinta-feira (18), novo boletim epidemiológico sobre a dengue. O mapa que apresenta a incidência de casos notificados por área de abrangência das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) apontou incidência crescente da dengue no Novo Amparo, zona norte, na última semana, configurando-se como prioridade para intervenção imediata.
O gerente de Vigilância Ambiental da SMS, Nino Ribas, explicou que a secretaria, por meio da Vigilância Ambiental, se antecipou diante desse cenário, intensificando ações de bloqueio, controle vetorial e monitoramento, para reduzir o risco de transmissão efetiva. “O aumento de notificações reflete um sistema de vigilância atento e proativo, que prioriza a segurança da população diante da possibilidade de circulação do vírus da dengue”, disse.
Entre as ações em andamento, destacam-se o bloqueio vetorial em torno dos casos notificados, com eliminação de focos e tratamento de criadouros com larvicida; visitas domiciliares intensificadas pelos Agentes de Combate às Endemias (ACE), com orientação direta à população sobre medidas preventivas; e apoio da Atenção Primária à Saúde (ACS e equipe da UBS).
O bairro também está recebendo mobilização comunitária, com ações educativas e sensibilização dos moradores sobre a eliminação de recipientes que acumulam água; monitoramento por ovitrampas (armadilhas), visando medir a densidade vetorial e orientar a tomada de decisão quanto à necessidade de ampliar bloqueios; aplicação de inseticida UBV costal em quarteirões com casos prováveis, visando a redução rápida da população de mosquitos adultos; e Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI) em locais de grande fluxo de pessoas, para interromper a transmissão do vírus e reduzir a infestação de Aedes aegypti.
Ribas explicou que o crescimento de notificações de casos de dengue na área do Novo Amparo não está relacionado apenas ao aumento real da transmissão viral, mas também a fatores que influenciam a sensibilidade da vigilância e a semelhança clínica com outras doenças, entre elas a Covid-19 e outras viroses respiratórias e exantemáticas. “As equipes de saúde do Município de Londrina têm adotado postura vigilante e criteriosa frente a qualquer quadro febril suspeito. Por isso, casos de outras viroses acabam sendo inicialmente notificados como suspeita de dengue, até que haja confirmação laboratorial. Esse comportamento é fundamental para evitar atrasos na detecção de casos de dengue. O histórico de circulação do Aedes aegypti e a presença de áreas críticas na região do Novo Amparo levam os profissionais a manterem maior alerta epidemiológico”, detalhou.
As demais áreas do município e distritos não apresentam, neste momento, incidência significativa ou crescimento expressivo de casos. O boletim epidemiológico também aponta que, do início do ano até o momento, foram registradas 221.930 notificações relacionadas à doença, das quais 4.642 foram confirmadas e 4.642 descartadas. Outros 492 casos seguem em análise e a cidade não registra novos óbitos, totalizando nove neste ano. Este cenário aponta que Londrina apresenta 67% menos notificações, 89% menos casos confirmados e 83% menos óbitos neste ano do que em 2024.
Com relação à chikungunya, o relatório aponta nove notificações. Duas foram confirmadas (casos importados, de fora) e sete descartadas.
Crédito: Prefeitura de Londrina
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