Educação na prática
Em algumas regiões do país, iniciativas tentam mudar essa situação ao incluir educação financeira em seus currículos escolares. A proposta da disciplina em sala de aula é ir além da matemática tradicional e aproximar os estudantes de situações práticas do cotidiano.
Nas aulas, eles aprendem a montar um orçamento pessoal e familiar, compreender como funcionam juros simples e compostos, analisar riscos e vantagens de diferentes tipos de crédito, planejar gastos e poupança e até noções iniciais de investimento. A ideia é oferecer ferramentas para que os jovens consigam organizar o próprio dinheiro, evitar o superendividamento e tomar decisões de consumo mais conscientes.
No município de Corbélia, no Paraná, o Colégio Estadual Duque de Caxias oferece educação financeira desde o início da implementação do Novo Ensino Médio, há quatro anos. Ao longo das três séries, os alunos aprendem conceitos como orçamento, investimentos e planejamento de carreira. Em 2025, a escola desenvolveu uma ação inédita com a Agência do Trabalhador da cidade, simulando entrevistas de emprego, elaboração de currículos e seleção profissional, tudo vinculado aos conteúdos abordados em sala de aula.
A diretora da escola, Nilcea Schwambach, destaca que o projeto conecta o conhecimento à realidade.
— Eles passam a entender na prática o que é receber um salário, pagar contas e planejar gastos. É uma vivência que transforma a relação deles com o dinheiro e com o próprio futuro.
A professora Eliane Devens, que leciona a disciplina, relata que muitos alunos chegam à escola sem nunca terem conversado sobre dinheiro com a família.
— Ensinar educação financeira não é apenas falar de números ou cálculos, mas sim preparar os estudantes para a vida. É dar ferramentas para que eles se tornem adultos mais conscientes.
Crédito: Agência Senado
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