
Do pré-natal às consultas de rotina, rede pública oferece acolhimento, exames, vacinas e acompanhamento do desenvolvimento infantil
Quando Maria Fernanda nasceu de parto normal no Hospital Regional de Ceilândia, no Distrito Federal, a mãe, Fernanda Cruz Lima, fisioterapeuta de 40 anos, não imaginava que seria tão bem acolhida. “Para mim foi uma grande surpresa, não esperava ter uma oferta tão maravilhosa com um serviço público” , contou Fernanda, com um sorriso no rosto , durante a primeira consulta de mãe e filha após o parto , realizado em 1 º de outubro.
Fernanda é uma das milhões de mães brasileiras que contam com o Sistema Único de Saúde (SUS) para cuidar da saúde dos filhos desde a gestação. O atendimento da nova mamãe começou ainda no pré-natal, realizado na Unidade Básica de Saúde (UBS) 07 de Ceilândia, onde foram feitos exames, consultas e orientações para um parto seguro.
Logo após o nascimento , uma bateria de exames fundamentais é oferecida gratuitamente a os bebês : T este do P ezinho, da O relhinha, do O lhinho e do C oraçãozinho . São exames rápidos, mas que fazem toda a diferença para detectar e tratar possíveis problemas ainda nos primeiros dias de vida. Além disso, são aplicadas vacinas contra a hepatite B e a BCG , que previne formas graves de tuberculose e protege também contra a hanseníase.
Depois das vacinas e dos primeiros exames, o acompanhamento continua. Consultas de rotina com pediatras e profissionais da Equipe de S aúde da F amília ( eSF ) permitem acompanhar o crescimento e desenvolvimento das crianças, com o apoio da Caderneta da Criança , onde são registrados peso, altura, alimentação e marcos do desenvolvimento motor e cognitivo.
“A gente faz um acompanhamento contínuo no território. Avaliamos desde os marcos de desenvolvimento até ações de promoção da saúde e prevenção de doenças”, explica a médica da família Areda de Paula Leitão, que há cinco anos atua na unidade básica onde a família da Fernanda é acompanhada . “Quando a gente tem a oportunidade de realizar um trabalho c onstante , cria-se vínculo. Ser aquela pessoa em quem a família confia gera cuidado, gera amor , e isso, para mim, traz muita alegria ”, acrescenta.
Desde as primeiras consultas , os profissionais de saúde da família conseguem identificar se as crianças precisam de atendimento especializado. Ness es casos, as UBS contam com equipe multidisciplinar composta por terapeuta ocupacional, fisioterapeuta , nutricionista e assistentes sociais , que atendem pacientes com atraso no desenvolvimento.
Quando necessário , as crianças são encaminhadas para especialistas por meio do sistema de regulação de vagas e podem ser atendidas em c entros de reabilitação, ambulatórios especializados e programas de saúde mental infantil , que complementam a rede de cuidado, ajudando não só as crianças, mas também suas famílias a enfren tarem desafios com mais apoio.
A saúde bucal também está entre os serviços oferecidos pelo SUS às crianças, com consultas odontológicas preventivas e educativas desde a primeira infância.
Presente em todos os municípios do país, o SUS oferece uma linha de cuidado contínua para mães e crianças, assegurando acesso a serviços essenciais, ações de prevenção e promoção da saúde. Um sistema que vai além do atendimento: promove vínculos de confiança e afeto entre quem cuida e quem é cuidado.
Simone Sampaio
Ministério da Saúde
Crédito: Agência Gov
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