Leitura de autores pretos muda olhar em comunidade no interior baiano
As mãos que folheiam as páginas dos livros parecem segurar um espelho. Mas não é apenas um reflexo de si. As mãos e olhos adolescentes percorrem letras e palavras que descortinam imagens e janelas para o mundo. Com Samile, de 15 anos, foi assim. “A gente aprende sobre racismo estrutural, sobre a desigualdade social, sobre necropolítica. Quando eu descobri que este clube era de leitura de autores negros, tive uma expectativa ainda maior”, diz a menina leitora, moradora da comunidade quilombola Barro Preto, na cidade de Jequié (BA), a 370 quilômetros de Salvador.Foi na escola estadual Milton Santos que nasceu o projeto escolar Clube de Leitura Preta. Coordenado pela professora Jéssika de Oliveira, de 32 anos, a iniciativa completou um ano de atividades no mês passado e é sucesso entre alun...



