Estado chileno promete assumir busca por desaparecidos na ditadura
Nos primeiros anos da década de 1980, os pais de um garoto nascido em Machalí, na região central do Chile, chamavam a atenção dos filhos para uma sepultura sem qualquer identificação existente no Cemitério Santa Inés, de Viña del Mar, cidade litorânea a cerca de 100 quilômetros da capital, Santiago, onde ficava o mausoléu da família do menino. “Não havia sequer uma placa com nome”, recorda o atual embaixador chileno no Brasil, Sebastian Depolo Cabrera. “Meus pais nos diziam que um ex-presidente escolhido pelo povo estava enterrado sob aquela tumba anônima e que aquele tratamento não era digno dele." O presidente era Salvador Allende, eleito pelo voto popular democrático em 1970 e deposto do cargo por um golpe civil-militar em 11 de setembro de 1973 – cerca de três anos antes de Depolo ...










