Deficiência visual e dança: “Nos palcos, sinto que posso voar”
Aos 46 anos, Gisele Camillo realiza um sonho de infância: ser bailarina. O desejo de dançar sempre esteve presente. Mas a baixa visão, diagnosticada logo que nasceu, dificultou um pouco as coisas. “Tentei dançar quando criança em algumas escolas, quando eu ainda tinha baixa visão. Mas eu tinha que fingir que enxergava. Se eu falasse, ninguém me aceitava. Tinha que ficar perto do professor. E assim eu seguia a vida”. Aos 38 anos, por conta de um quadro de glaucoma, Gisele perdeu praticamente toda a visão. Hoje, eventualmente, enxerga vultos e formas. Mas esses detalhes, segundo ela, pouco importam quando sobe ao palco.“Quando estou com as meninas no palco, nem lembro da visão. A gente se ajuda muito, a gente conversa. A gente aprendeu mesmo a lidar com a falta da visão no palco. Hoje e...