
Nos dias 12 e 16 de setembro, os Centros de Apoio Psicossocial (CAPSs) de Londrina recebem palestras e atividades voltadas para a temática da saúde mental. Os eventos compõem a programação da campanha do Setembro Amarelo 2025, que neste ano tem como tema: “Cuide-se! sua dor não pode ser invisível”. A campanha é organizada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em parceria com o Hospital Vida e a Associação de Amigos, Familiares e Doentes Mentais de Londrina.
Para a manhã desta sexta-feira (12), está previsto encontro do Grupo Terapêutico de Arteterapia no CAPS III, com o tema “Arte para ressignificar a vida”. A atividade, que tem início marcado para 8h30, será conduzida pela psicóloga Maki Inaba, que atua nessa unidade. A dinâmica é exclusiva para os usuários que já participam das atividades desenvolvidas pelo Grupo.
A proposta do encontro é elaborar produções artísticas a partir das discussões levantadas. A dinâmica inicia com uma breve introdução sobre a campanha Setembro Amarelo, seguida por um momento de escuta da canção “O que é, o que é”, de Gonzaguinha, interpretada por Maria Bethânia. A letra da música servirá de base para debater questões voltadas à saúde mental, como a prevenção ao suicídio e a valorização da vida. Após a conversa, os participantes devem desenvolver alguma produção artística inspirada no tema do encontro.
A dinâmica, assim como o próprio Grupo de Arteterapia, são inspirados no método de trabalho de Nise da Silveira, pioneira na área da arteterapia. “A arte contribui para a saúde mental ao permitir a expressão de emoções difíceis de verbalizar, funcionando como um meio de ressignificação e autoconhecimento. Além disso, favorece a autoestima, a criatividade e a sensação de pertencimento em contextos individuais ou coletivos”, explicou Inaba.

Na próxima terça-feira (16), às 9h, o CAPS Álcool e Drogas (AD) realizará uma roda de conversa direcionada aos representantes das redes de serviço que atuam diretamente com o público vulnerável: Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS). A conversa será conduzida por Edilson Pereira, médico psiquiatra no CAPS AD.
E pela tarde, o CAPS AD promoverá uma palestra com o tema “Juntos pela vida: Um setembro de esperança”, que será voltada exclusivamente aos pacientes e seus familiares. A atividade começa às 14h30 e será ministrada por Marcela Zanusso, também médica psiquiatra do CAPS AD. “O nosso objetivo é conscientizar a população a buscar ajuda, e também saber reconhecer os sinais para ajudar outras pessoas. Além disso, explicaremos quais os principais locais em Londrina onde as pessoas podem procurar ajuda”, explicou Zanusso.

As crianças atendidas no CAPS Infantil também serão contempladas com atividades do Setembro Amarelo. Para a próxima terça-feira (16), às 15h, os pacientes da unidade terão um momento de contação de histórias com o projeto de extensão “O que tem no Baú da Vovó Fofuxa? Educação Ambiental e Geografia da Infância de Mãos Dadas por uma Infância mais Significativa “, da Universidade Estadual de Londrina (UEL).
O projeto pretende abordar aspectos como amor próprio, coragem e respeito a partir da leitura dos livros “O Cacto Frederico” e “O Leão que Nasceu Sem Juba”, ambas da autora Sandra Leibholz. A contação será conduzida pela personagem Vovó Fofuxa, interpretada por Eloiza Torres, docente da UEL, artista e contadora de histórias.

Saúde Mental – Na rede municipal de saúde, os atendimentos especializados em saúde mental são concentrados nas três unidades do CAPS: CAPS III, que inclui Pronto Atendimento 24 horas, CAPS AD e CAPS Infantil. Não é necessário encaminhamento médico para ser atendidos nesses serviços. “Ali a pessoa vai passar por um processo de acolhimento, ou de uma triagem diferente para inserção no serviço”, explicou a diretora de Serviços Complementares em Saúde da SMS, Claudia Denise Garcia.
A diretora também explicou que palestras e divulgação de informações sobre saúde mental, que são intensificados durante a campanha Setembro Amarelo, permitem a abordagem de temas importantes, como as emoções e os sofrimentos. “É também uma forma das pessoas quebrarem o estigma e o preconceito em relação à doença e ao tratamento. As pessoas ainda têm, às vezes, preconceito de procurar tratamentos de saúde mental. E é importante essa quebra de preconceitos e o entendimento que o CAPS salva vidas”, frisou.
A programação de oficinas e palestras do Setembro Amarelo prosseguem pelas próximas semanas, em diversos pontos da cidade.
Crédito: Prefeitura de Londrina
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