
A Subcomissão Temporária de Prevenção e Tratamento do Câncer, ligada à Comissão de Assuntos Sociais (CAS), debateu nesta terça-feira (30) os desafios no combate ao câncer do colo do útero. Durante a reunião, foram abordados a eficácia da vacina, as políticas públicas voltadas à prevenção e ao diagnóstico precoce, além de novas tecnologias de rastreamento da doença. A principal causa da doença é a infecção por tipos específicos do vírus do HPV, transmitida sexualmente.
A autora do requerimento, senadora Damares Alves (Republicanos-DF), ressaltou a importância da vacina e os desafios para garantir o tratamento adequado.
— O câncer não espera. De nada adianta a gente ficar discutindo aqui a prevenção se não garantir o tratamento — disse a senadora.
De acordo com a representante do Ministério da Saúde, Ana Goretti, o método mais eficaz de prevenção é a vacinação contra o vírus. Goretti apresentou um estudo de 2021 da revista científica The Lancet que mostra uma redução de 87% no risco de desenvolver o câncer em meninas que foram vacinadas com 12 ou 13 anos de idade.
A médica e cirurgiã oncológica, Rayane Cardoso, destacou que, quando uma mulher morre por câncer do colo do útero, o problema não foi apenas no momento do tratamento, mas em todo o processo, desde a infância.
— Então, a gente tem toda uma cadeia de falhas para que a gente chegue e fale que uma mulher faleceu de câncer de colo de útero. Eu entendo que como sociedade, como mulher, a gente falhou desde o começo. E eu trago isso com muita emoção, que é muito triste quando a gente tem uma paciente que venha falecer por câncer de colo de útero.
Na reunião, a subcomissão também aprovou requerimento da senadora Dra. Eudócia (PL-AL) para realização de audiência pública sobre os desafios na implementação da terapia nutricional para pacientes oncológicos.
Maria Beatriz Giusti, com supervisão de Samara Sadeck, da Rádio Senado
Crédito: Agência Senado
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