segunda-feira, setembro 15

Boxe e atletismo do Brasil brilham em mundiais com apoio do Bolsa Atleta

Brasil fatura ouro e três pratas no Boxe em Liverpool e conquista a prata no atletismo com Caio Bonfim, da marcha atlética, em Tóquio

O fim de semana foi marcado por resultados históricos, emoções e pódios para atletas brasileiros de várias modalidades, que se destacaram em eventos grandiosos do calendário internacional. Apoiados pela Bolsa Atleta do Governo do Brasil – um dos maiores programas de patrocínio individual do mundo –, os atletas Caio Bonfim (marcha atlética), Rebeca de Lima Santos, Yuri Falcão, Isaías Ribeiro, Luiz Oliveira (os quatro do boxe) subiram ao pódio em mundiais de suas modalidades. Na semana passada, outro brasileiro já havia se destacado em um mundial: Marcus D’Almeida, vice-campeão no tiro com arco.

Caio brilhou com a prata nos 35km da marcha atlética com Tóquio, no Japão. O quarteto do boxe no torneio disputado em Liverpool, na Inglaterra, com ouro para Rebeca e outras três pratas. Em postagens nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva exaltou os feitos deles. “É exemplo de dedicação e superação. Parabéns, Caio! O Brasil se orgulha de você”, afirmou o presidente. “Quatro medalhas que enchem o esporte brasileiro de orgulho! Parabéns aos nossos atletas”, escreveu, na postagem sobre o boxe.

Rebeca de ouro

No boxe, o Brasil encerrou a participação no Mundial de Liverpool neste domingo, com quatro medalhas: uma de ouro e três de prata, todas pelas mãos de integrantes do Bolsa Atleta. O título de campeã mundial foi conquistado por Rebeca de Lima Santos, que brilhou na categoria até 60kg.

Ela conquistou o ouro ao derrotar a filipina Riza Pasuit, a colombiana Camila Gabriela Camilo Bravo, a cazaque Viktoriya Grafeyeva e superar na decisão a polonesa Aneta Rygielska. “Eu tive um começo difícil este ano. Perdi em Foz do Iguaçu, e coloquei na minha mente que isso não iria mais acontecer. E desde então estou trabalhando muito. Eu mereço isso. Eu mudei minha mentalidade para chegar a 100% do meu boxe. Estou feliz com meu progresso”, comemorou Rebeca.

As medalhas de prata foram conquistadas por Yuri Falcão (65kg), Isaías Ribeiro (90kg) e Luiz Oliveira, o Bolinha (60kg) este último neto de Servílio de Oliveira, primeiro medalhista olímpico do boxe brasileiro, bronze nos Jogos do México, em 1968. Atualmente, o boxe brasileiro conta com 150 atletas contemplados pelo patrocínio do Governo do Brasil.

Caio faz história. De novo

O Brasil começou muito bem o 20º Campeonato Mundial de Atletismo, em Tóquio, com o brasiliense Caio Bonfim, medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, voltando a brilhar na marcha atlética. Apoiado pelo Bolsa Atleta há mais de 17 anos, Caio conquistou a prata na prova dos 35km na noite de sexta (12), no horário de Brasília, manhã de sábado (13/9) na capital do Japão. O resultado do brasiliense de 34 anos marcou a conquista da 17ª medalha do Brasil em Mundiais de Atletismo, e seu terceiro pódio no evento na carreira.

“Eu lutei muito”, disse Caio, exausto e emocionado após a prova. “A gente sabe o quanto é difícil chegar e o quanto é difícil se manter entre os melhores do mundo. Depois de uma prata olímpica, como manter? Em 2022, em 2023, em 2024 eu ganhei medalhas. E hoje, além de ser uma medalha inédita, foi em uma prova inédita.”

RECORDE – Com isso, Caio agora divide com Claudinei Quirino a honra de serem os brasileiros com mais pódios em mundiais. Velocista, Quirino conquistou a prata nos 200m em Sevilha-1999 e dois bronzes, nos 200m (Atenas-1997), e no revezamento 4x100m (Sevilha-1999).

Caio tentará, agora, se isolar como o maior medalhista, já que ainda disputa em Tóquio a prova dos 20 km, sua especialidade, na sexta. A delegação do atletismo do Brasil no Mundial 47 atletas: 20 mulheres e 27 homens. Destes, 40 integram o Bolsa Atleta (85%). O atletismo é a modalidade com maior número de beneficiários do Bolsa Atleta. São 1.002 na categoria paralímpica, 626 na olímpica, 17 atletas com deficiência intelectual e 15 com deficiência auditiva.

Hugo de volta ao pódio

No tênis de mesa, Hugo Calderano segue conquistando pódios em sua melhor temporada da carreira. O brasileiro ficou com a prata no WTT Champions Macau, ao ser superado pelo chinês Wang Chuqin, numa reedição da semifinal da Copa do Mundo, também disputada em Macau, e da final do Campeonato Mundial de Doha. Na Copa do mundo, melhor para Hugo. No Mundial e no domingo, melhor para o chinês, que volta a ser o número 1 do mundo na lista que será atualizada nesta terça.

Nesta temporada, além do pódio neste fim de semana, Calderano sagrou-se campeão da Copa do Mundo em Macau (o primeiro não europeu e não asiático a conseguir o feito), foi vice do Mundial em Doha, campeão do WTT Star Contender de Ljubljana (Eslovênia), campeão do WTT Contender de Buenos Aires e campeão do WTT Star Contender Foz do Iguaçu.

Calderano voltará a figurar como número 3 do ranking mundial nesta terça, e integra o Bolsa Atleta de forma ininterrupta nos últimos 15 editais do programa, desde 2010. O tênis de mesa brasileiro conta com 177 atletas olímpicos contemplados pelo Bolsa Atleta, 159 atletas paralímpicos e 19 atletas com deficiência auditiva. O próximo compromisso de Hugo será o China Smash, de 25 de setembro a 5 de outubro.

RECORDE E REAJUSTE – O Bolsa Atleta atualmente conta com mais de 10 mil atletas contemplados, o maior número já registrado na história do programa. Em 2024, o Bolsa Atleta completou 20 anos e teve o primeiro reajuste de valores dos últimos 14 anos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto que aumentou as bolsas em 10,86%. No caso da Bolsa Pódio, os valores das Bolsas passaram a ser de R$ 5.543 mensais a R$ 16.629, de acordo com o lugar dos atletas no ranking mundial.

ONIPRESENÇA — A capilaridade do Bolsa Atleta se reflete nos resultados do Brasil nos principais eventos mundiais. Em Paris, o Brasil fechou os Jogos Olímpicos com 20 medalhas, a segunda melhor marca da história. Foram três ouros, sete pratas e dez bronzes, que colocaram o país no 20º lugar do quadro geral.

Como muitas modalidades são coletivas, foram 60 medalhistas. Desse grupo, 100% são integrantes do Bolsa Atleta ou estiveram em editais ao longo de suas carreiras. Já nos Jogos Paralímpicos, a campanha foi a melhor da história do país, com 89 medalhas (25 ouros, 26 pratas e 38 bronzes). O Brasil bateu o recorde de pódios, que era de 72, e chegou pela primeira vez no top 5, em quinto lugar. Todas as medalhas tiveram a digital do Bolsa Atleta.

Crédito: Agência Gov

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