Com atenção no olhar e espontaneidade nas reações, o público infantil assistiu ao espetáculo de contação de histórias “A Lenda da Gralha Azul” no primeiro dia de atividades da 11ª edição da Festa Literária Internacional de Maringá (Flim), nesta quarta-feira, 11 de setembro.
“Elas [crianças] acreditam e mergulham na história. Mais espontâneo, reagem. Elas falam do que gostou, do que não gostou. Isso é maravilhoso”, avalia a produtora teatral/audiovisual e atriz Elaine Teleken, em entrevista à reportagem após o espetáculo. Ela comandou a contação no Circo Literário, montado no entorno do Teatro Calil Haddad, local da Flim de 2024.
Segundo Teleken, “A Lenda da Gralha Azul” surgiu em 2019 e foi escrita originalmente para concorrer ao edital do Convite às Artes, mecanismo de fomento criado pela Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria Municipal de Cultural (Semuc). De lá para cá, o espetáculo não parou mais sob as mãos da companhia Cenatrupe, projeto capitaneado pela atriz.
Apesar de a produtora estar pela quarta vez na Flim, é o debute de “A Lenda da Gralha Azul” nessa festa literária. Em anos anteriores, Teleken mostrou “Histórias contadas e recontadas”, “Lendas indígenas” e uma história inspirada no Cururu.
Resumidamente, a atração de 2024 é sobre a vida. Segundo a atriz, a gralha azul é uma ave símbolo do Estado e responsável por replantar, de disseminar a semente para gerar novas vidas.
Cenatrupe de Sarandi
Criada há dez anos, a Cenatrupe é de Sarandi, município fronteiriço a Maringá. Assim, participar da Flim, conforme Elaine Teleken, possibilita o contato com outras pessoas e a ampliação do repertório. “Você vê outros tipos de contação de histórias, diferentes, o que enriquece pra gente também. Eu acho maravilhoso esse tipo de evento, porque é uma festa literária e tem vários dias”, destacando que isto possibilita maior visibilidade a todos.
Além de “A Lenda da Gralha Azul”, a companhia sarandiense também encena espetáculos em duas frentes: temáticos, relacionados a combate ao trabalho infantil, combate às drogas e ao abuso, por exemplo; e artístico-culturais, centrado em contos populares.
Inclusive, a Cenatrupe estará em Ponta Grossa (PR), no próximo dia 28 de setembro, para representar a região de Maringá no Festival Dia de Arte, que completa uma década.
Fora que a companhia ampliou seu escopo com produções audiovisuais, nos formatos de curta e longa-metragem.
A seguir, confira mais registros de “A Lenda da Gralha Azul” (fotos: Cristiano Martinez):
Fonte:
Maringá