sexta-feira, setembro 26

CPNU: diversidade e inclusão marcam o maior concurso público da história do País

Com a proximidade das provas objetivas, marcadas para o próximo dia 5 de outubro, a segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU 2) se consolida não apenas como uma das maiores seleções públicas da história do país, mas também como um marco de inclusão e diversidade no acesso às carreiras federais. Coordenado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), com execução da Fundação Getulio Vargas (FGV), o certame foi estruturado para garantir oportunidades a grupos historicamente excluídos e promover maior representatividade nos quadros da administração pública.

O edital reúne um conjunto de ações afirmativas que reforçam o compromisso do governo federal em ampliar o acesso, corrigir desigualdades e assegurar um ambiente mais plural e equitativo. De acordo com as regras do certame, 25% das vagas são destinadas a pessoas negras, 5% a pessoas com deficiência, 3% a indígenas e 2% a quilombolas, em cumprimento à Lei nº 15.142/2025 , ao Decreto nº 12.536/2025 e às instruções normativas conjuntas editadas pelo MGI, pelo Ministério da Igualdade Racial (MIR), pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) e pelo Ministério dos Povos Indígenas (MPI).

As reservas são aplicadas a cargos de nível superior e intermediário sempre que houver número de vagas suficiente para garantir os percentuais mínimos. Além disso, os candidatos beneficiados pelas cotas também concorrem às vagas de ampla concorrência, ampliando as possibilidades de ingresso. A diversidade se refletiu já na etapa de inscrições: 210.882 candidaturas foram de pessoas negras (27,7% do total), 30.053 de pessoas com deficiência (3,9%), 6.657 de indígenas (0,87%) e 5.004 de quilombolas (0,66%).

Outro ponto inovador do edital é a previsão de equilíbrio de gênero na classificação para as provas discursivas. A regra estabelece que, caso o percentual de mulheres classificadas seja inferior a 50% em determinado cargo ou especialidade, será aplicado um mecanismo de equiparação, sem prejuízo aos homens já aprovados. A medida busca corrigir distorções de gênero e ampliar a presença feminina em carreiras públicas historicamente masculinizadas.

Esse cuidado se soma a um dado já expressivo: as mulheres representam 60% das inscrições homologadas no CPNU 2. São 456.300 candidatas, frente a 305.180 homens. A predominância feminina se repete em todas as regiões do país, confirmando o papel central das mulheres na busca por espaço no serviço público federal.

O edital prevê ainda atendimento especializado e tecnologias assistivas para assegurar a participação plena de pessoas com deficiência, gestantes, lactantes e candidatos em condições específicas. Entre os recursos disponibilizados estão provas em braile, videoprova em Libras, tempo adicional, salas acessíveis, apoio para amamentação e a presença de tradutores-intérpretes. Todas as solicitações foram analisadas individualmente, seguindo critérios de viabilidade e razoabilidade, com o objetivo de eliminar barreiras e garantir equidade no processo seletivo.

Nome social

Em respeito à diversidade de identidade de gênero, o CPNU 2 assegura às pessoas travestis, transexuais e transgêneras o direito de utilizar o nome social em todas as etapas do concurso. Esse nome fica vinculado ao CPF e ao nome civil da pessoa candidata, garantindo segurança e rastreabilidade no processo. O edital também assegura a liberdade de escolha do banheiro de acordo com a identidade de gênero declarada.

Essa medida é respaldada pela Instrução Normativa Conjunta MGI/MDHC nº 54/2024 , que regulamenta o uso do nome social em concursos públicos federais.O objetivo é proporcionar um ambiente de igualdade e respeito, fortalecendo a política de inclusão adotada pelo governo federal.

Provas em todo o país

O CPNU 2 terá provas aplicadas em 228 cidades brasileiras, no dia 5 de outubro de 2025 (provas objetivas) e 7 de dezembro de 2025 (provas discursivas). A iniciativa é considerada uma das maiores seleções públicas já realizadas no país, com impacto direto na democratização do acesso ao serviço público federal. A segunda edição contempla 3.652 vagas em 32 órgãos e entidades.

Cronograma oficial

Prova objetiva: 5/10/2025

Divulgação da objetiva e convocação para a discursiva: 12/11/2025

Envio de títulos: 13 a 19/11/2025

Prova discursiva: 7/12/2025

Verificação de cotas: 30/11 a 8/12/2025

Resultado final previsto: 30/01/2026

Saiba mais em: gov.br/concursonacional

Crédito: Agência Gov

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