
Nesta quarta-feira (24/9), a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, participou da abertura do Seminário Sino-Brasileiro de Inovação, Ciência e Tecnologia — Rota da Seda, na Embaixada da China, em Brasília (DF). O evento reuniu os secretários estaduais de ciência, tecnologia e inovação, outras autoridades, representantes de empresas e especialistas para debater inteligência artificial, parques tecnológicos e oportunidades de cooperação em ciência, tecnologia e inovação.
A ministra destacou a relevância da integração entre os dois países. “É uma honra participar deste Seminário Sino-Brasileiro de Inovação, Ciência e Tecnologia – Rota da Seda, que simboliza a força da integração Sul-Sul e um futuro ainda mais promissor para as nossas economias e sociedades”, afirmou a ministra. O seminário foi promovido pela Embaixada da República Popular da China no Brasil e pelo Conselho Nacional dos Secretários Estaduais para Assuntos de CT&I ( Consecti ).
Luciana Santos também ressaltou a importância de unir esforços diante dos desafios globais. “Esses problemas não reconhecem fronteiras e só serão solucionados por meio da cooperação internacional em ciência, tecnologia e inovação”, destacou, ao lembrar que Brasil e China avançam juntos em áreas estratégicas como inteligência artificial, transformação digital e transição energética.
O embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao , frisou a relevância da parceria bilateral e da convergência estratégica entre os países. “O objetivo do evento de hoje é integrar ciência, tecnologia e inovação ao projeto mais amplo de cooperação bilateral, de alto nível, e transformar resultados em benefícios concretos”, disse.
Ao projetar os próximos passos, o embaixador acrescentou: “Precisamos usar a inovação como ponte e a cooperação como força motriz, trazendo novo impulso ao desenvolvimento da relação bilateral”. Ele defendeu ainda a ampliação da colaboração em áreas prioritárias como mudanças climáticas, biodiversidade e tecnologias emergentes.
A programação do seminário incluiu palestra magna do embaixador, painéis com lideranças de empresas chinesas e brasileiras e a participação de representantes do MCTI em debates sobre inovação e desenvolvimento tecnológico.
Antes da cerimônia de abertura, a ministra Luciana Santos e o embaixador Zhu Qingqiao se reuniram para tratar de cooperação bilateral em inteligência artificial.
Cooperação Brasil-China
A parceria entre Brasil e China em ciência e tecnologia acumula mais de quatro décadas de resultados. O destaque é Programa Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres, conhecido como Programa CBERS (sigla em inglês). Iniciada nos anos 1980, a iniciativa já colocou em órbita seis satélites de observação da Terra. O sétimo satélite, o CBERS-6 já se encontra em fase desenvolvimento e, recentemente, os dois governos firmaram o protocolo para o CBERS-5, que será geoestacionário e meteorológico, e garantirá ao Brasil autonomia no monitoramento ambiental e climático.
Além do setor espacial, novos projetos ampliam o alcance da cooperação. Entre eles estão o radiotelescópio Bingo, a pesquisa em computação quântica, a mecanização agrícola com uso de inteligência artificial e a modernização da produção de radiofármacos. Também estão em andamento a criação do Centro de Transferência de Tecnologia China-Brasil e de um laboratório para apoiar a agricultura familiar no semiárido.
Essas iniciativas mostram como a cooperação bilateral vai além de acordos políticos, envolvendo universidades, centros de pesquisa e empresas na construção de soluções conjuntas para inovação científica, desenvolvimento industrial e impacto social.
Crédito: Agência Gov
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