quarta-feira, setembro 17

Petrobras aprova projeto piloto para capturar 100 mil toneladas de CO₂ por ano

A Petrobras acaba de aprovar a construção do Projeto Piloto de CCS São Tomé, em Macaé (RJ), uma iniciativa estratégica para atingir a meta de neutralização de carbono até 2050. Este é o primeiro projeto-piloto de CCS (Captura e Armazenamento de Carbono, na sigla em inglês) no Brasil, com infraestrutura que permite a integração completa entre captura, transporte e armazenamento geológico de CO₂ em reservatório salino.

O projeto, que tem o acompanhamento de órgãos reguladores e ambientais como Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e o Instituto Estadual do Ambiente (INEA), é considerado um marco para o avanço tecnológico e regulatório para projetos de Captura, Utilização e Armazenamento de Carbono (CCUS) no Brasil.

“A tradição da companhia de empregar tecnologia de ponta para viabilizar grandes empreendimentos offshore está sendo colocada também em iniciativas de descarbonização. Essa iniciativa é mais um passo concreto da Petrobras na construção de soluções climáticas eficazes”, destaca a diretora de Transição Energética e sustentabilidade da Petrobras, Angélica Laureano.

O objetivo do CCS São Tomé é de capturar até 100 mil toneladas de CO₂ por ano, ao longo de três anos a partir de 2028 e injetá-las em um reservatório salino profundo, na região de Barra do Furado, em Quissamã (RJ). Por ser o primeiro projeto do tipo em reservatório salino no país, o CCS São Tomé permitirá que órgãos como ANP e INEA testem, ajustem e validem procedimentos e normas aplicáveis à cadeia de valor do CCS, um avanço regulatório sobre o armazenamento geológico de carbono em futuros projetos comerciais.

“O Projeto Piloto de CCS São Tomé é uma iniciativa estratégica de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) que permitirá validar, em ambiente real, tecnologias e metodologias fundamentais para a implantação de hubs de captura e armazenamento de carbono (CCS) no Brasil. As tecnologias aplicadas possibilitam acompanhar a evolução da pluma de CO₂ com precisão inédita no país e as informações obtidas com o projeto poderão nos apontar novos usos do CO2, como por exemplo, a produção de combustível sintético”, explica Renata Baruzzi, Diretora de Engenharia Tecnologia e Inovação da Petrobras.

A iniciativa é considerada como plataforma de aprendizado e qualificação tecnológica para futuros projetos comerciais e hubs de CCS no Brasil, tanto onshore quanto offshore. O CCS São Tomé também posiciona o Brasil entre os países que lideram o desenvolvimento de soluções de mitigação de emissões em larga escala, alinhando-se às melhores práticas internacionais e abrindo caminho para futuras aplicações comerciais de CCUS em diversos setores da economia.

Crédito: Agência Gov

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