
Em um ano, as startups residentes no Porto Maravalley, na região do Porto Maravilha, já captaram R$ 154,9 milhões. O valor é uma das informações que constam no estudo “Maravalley em Dados”, coordenado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, em parceria com o Maravalley.
– Os números do estudo mostram os avanços do projeto de transformar o Rio na Capital da Inovação da América Latina. Mostra os resultados das iniciativas que ajudam a impulsionar a economia desse importante ecossistema para a cidade – avaliou o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Osmar Lima.
O Porto Maravalley é um hub de inovação que tem startups, empresas de tecnologia e a graduação do IMPA Tech. De acordo com o estudo, há 55 instituições no hub, sendo 44 startups. Do total, 19 delas já captaram investimentos. Ou seja, a captação média chega a R$ 8,2 milhões. A maior parte das empresas está nos setores de Tecnologia da Informação e Software (25,5%). Entre elas, 29 empresas – excluindo os grandes patrocinadores – apresentaram faturamento, em 2024, de aproximadamente R$ 1 bilhão (R$ 974 milhões). Isso representa um faturamento médio de R$ 33,6 milhões.
Para Chicão Bulhões, ex-secretário municipal de Desenvolvimento Urbano do Rio e head de Relações Institucionais da PRIO, a união da educação, por meio do IMPA Tech, com o hub é o que faz a diferença no Maravalley.
– Essa galera (alunos do IMPA Tech) que vem do Brasil inteiro, eles são vencedores das Olimpíadas de Matemática e passam aqui a ter chance de desenvolver a sua capacidade de transformar uma grande ideia em uma grande solução. E a ideia de ter isso junto com esses empreendedores que estão aqui empregando, movimentando a cidade, investindo, tomando risco. Enquanto está todo mundo ainda entendendo se isso aqui vai bombar ou não, quem já chegou primeiro já entendeu o valor de pegar essas pessoas com esse potencial e transformar em futuros profissionais.
A Região Portuária apresentou um crescimento no setor de Tecnologia da Informação, passando de 2,1% dos empregos formais desse segmento, em 2021, para 10,1%, em 2023. Enquanto o setor de TI na cidade evoluiu gradualmente, o Porto do Rio se destacou como polo emergente, com crescimento muito superior ao restante da cidade.
Para o subsecretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação, Marcel Balassiano, a literatura aponta forte correlação entre desenvolvimento econômico e atuação da administração pública local.
– Governos locais têm maior capacidade de formular políticas públicas alinhadas às necessidades reais, em comparação a governos centrais, devido à proximidade com os cidadãos e os desafios do território. E o crescimento é a principal preocupação de longo prazo em economias de mercado. O desenvolvimento econômico gera empregos, receita tributária, estabilidade política e social, e é essencial para reduzir desigualdades.
Daniel Barros, CEO do Porto Maravalley, ressaltou que o Maravalley é resultado de uma construção coletiva, que envolveu muitas pessoas e diferentes frentes da Prefeitura e do ecossistema.
– Quando começamos esse projeto, a ideia era justamente resgatar o protagonismo do Rio no campo da tecnologia e da inovação. Hoje, ao completar um ano de operação, conseguimos tangibilizar aquilo que foi pensado lá atrás: o Porto Maravilha se consolidando como um bairro da inovação, um território que se transforma em vitrine viva de tecnologia, de soluções e de conexões entre empresas, governo e sociedade. Nosso objetivo é que tudo o que nasce aqui dentro reverbere para fora, do bairro para a cidade e da cidade para o mundo.
A versão completa do estudo está disponível no site do Observatório Econômico.
Crédito: Prefeitura do Rio de Janeiro
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