
O Cinturão das Águas do Ceará (CAC), uma das mais relevantes obras de infraestrutura hídrica em execução no Nordeste, avança para a reta final. Com 83% das obras concluídas, o empreendimento, conduzido pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), vai garantir segurança hídrica para cerca de cinco milhões de pessoas em municípios estratégicos do estado, como Fortaleza, Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha.
Essa obra tem conexão direta com as obras do PISF (Projeto de Integração do Rio São Francisco), pois ela é abastecida pelas águas do São Francisco e possibilita, e será um reforço para a região do Cariri no Ceará, que é extremamente carente de recurso hídrico”, afirma o secretário Nacional de Segurança Hídrica do MIDR, Giuseppe Vieira
“O empreendimento visa proporcionar uma distribuição mais homogênea da disponibilidade hídrica no Ceará, com o intuito de aumentar o suprimento de água por meio da adução de vazões recebidas do Eixo Norte da Transposição do Rio São Francisco para atendimento de demandas prioritárias por abastecimento humano, industrial e turístico, além de permitir a irrigação”, completou o titular da pasta.
Com 145 quilômetros de extensão e vazão projetada de 30 metros cúbicos por segundo, o CAC tem como objetivo ampliar a distribuição de água no estado e fortalecer a capacidade de enfrentamento aos períodos de estiagem prolongada, especialmente nas regiões mais afetadas pela escassez de recursos hídricos. O projeto é executado pelo Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria de Recursos Hídricos (SRH/CE), e conta com investimento total de R$ 2,08 bilhões.
A conclusão da obra está prevista para dezembro de 2025. Quando finalizado, o Cinturão das Águas irá captar e distribuir águas provenientes do Projeto de Integração do Rio São Francisco, assegurando a chegada de água em quantidade e qualidade às regiões mais secas do estado. A integração com o PISF permitirá que os recursos hídricos sejam distribuídos de forma mais eficiente e segura, atendendo demandas urbanas, agrícolas e industriais.
Desenvolvimento Regional
Além de ampliar o abastecimento humano, o CAC tem potencial para impulsionar o desenvolvimento regional, viabilizando novas áreas de irrigação, fortalecendo a produção agrícola e ampliando a oferta de água para indústrias e empreendimentos turísticos. “O Cinturão das Águas é uma espinha dorsal do sistema hídrico cearense. Ele garante que a água do Velho Chico chegue aos lares, aos campos e às indústrias, promovendo dignidade, segurança e oportunidades para milhões de cearenses”, destaca o titular da SNSH.
A obra integra a carteira do Novo PAC e é considerada estratégica pelo MIDR. O empreendimento também fortalece o papel do Ceará como referência nacional na gestão integrada das águas, alinhando tecnologia, sustentabilidade e impacto social. A expectativa é de que, com o CAC em plena operação, o estado esteja ainda mais preparado para os desafios climáticos das próximas décadas.
Transposição do Rio São Francisco
O CAC é uma obra complementar ao Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), que conta com os dois eixos, Leste e Norte, concluídos. No caso do Eixo Norte, que abastecerá o CAC, as águas saem de Cabrobó, em Pernambuco, passam por Jati, no Ceará, e chegam à Paraíba e ao Rio Grande do Norte.
Crédito: Agência Gov
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