
Mais 23 municípios integram-se à estratégia, durante o III Encontro Nacional, realizado em Belo Horizonte. Debates preparam início de nova fase do programa
A Estratégia Alimenta Cidades passou a contar com a adesão de 101 municípios, incluindo 18 do Rio Grande do Sul, que conta com ações específicas por conta dos recentes episódios que geraram uma tragédia climática no estado. A marca foi alcançada após 23 cidades passarem a integrar a iniciativa.
A fomalização desses locais ocorreu durante o III Encontro Nacional Alimenta Cidades, sediado em Belo Horizonte entre os dias 22 e 24 de setembro. Os debates contaram com a participação de cerca de 200 pessoas, entre autoridades e gestores municipais.
O encontro marcou uma nova etapa da estratégia, focada na elaboração das Rotas de Implementação Municipais, que busca alinhar os caminhos, as prioridades e os compromissos de cada cidade participante. Com debates, rodas de conversa, oficinas, exposições e visitas de campo, a programação foi desenhada para fortalecer políticas alimentares urbanas e promover o Direito Humano à Alimentação Adequada.
Para Maria Aparecida Miranda, subsecretária de Segurança Alimentar, Nutricional e Agroecologia de Contagem (MG), a estratégia promove uma troca benéfica entre os municípios.
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“É uma troca de experiências muito potente entre os municípios e é uma troca interfederativa, porque também dialogamos com os estados. Então, foi uma experiência de valorização do que a gente já vinha fazendo no município”, destacou.
O encontro também contou com oficinas simultâneas sobre agricultura urbana, cozinhas solidárias e governança do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), além de visitas técnicas que mostraram experiências de Belo Horizonte na área de segurança alimentar e nutricional.
“É importante poder dialogar dentro do nosso sistema de segurança alimentar, contar com a participação social dos Conseas, com o apoio dos estados em que esses municípios estão inseridos”, destacou Lilian Rahal, secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).
Para Lilian, o diálogo equivale a “viver na prática a implementação dos sistemas alimentares urbanos, de uma agenda alimentar urbana, dentro de cada um dos municípios, olhando os seus desafios, as suas demandas e as suas necessidades específicas”.
Além de fomentar o diálogo técnico e político, o encontro acolheu as novas cidades que passam a integrar a estratégia, ampliando a rede de municípios comprometidos com o Direito Humano à Alimentação Adequada.
Vanessa Pereira é coordenadora de assistência complementar no município de Cariacica (ES), uma das novas cidades que aderiram à estratégia. Ela destacou que as expectativas para o município incluem a ampliação das ofertas de equipamento e de ações de segurança alimentar para a população. “Estamos muito felizes com a adesão à Estratégia Alimenta Cidades, por ter um apoio do ministério conosco frente às situações de segurança alimentar”, ressaltou.
Criada em 2023, a Estratégia Alimenta Cidades apoia o planejamento dos municípios e articula outras iniciativas governamentais como o Programa de Aquisição de Alimentos, o Programa Cozinha Solidária, o Programa Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana, o Plano Nacional de Abastecimento, entre outros. A articulação dessas diferentes políticas públicas contribuiu para que o Brasil saísse, mais uma vez, do Mapa da Fome da ONU.
A iniciativa visa contribuir para o planejamento integrado de ações relacionadas à alimentação da população urbana, fortalecendo a perspectiva do Direito Humano à Alimentação Adequada, principalmente nas cidades, onde vive 85% da população brasileira.
Por Assessoria de Comunicação/MDS
Edição: Isaías Dalle
Crédito: Agência Gov
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