terça-feira, setembro 2

Comissão aprova projeto de apoio a jovens que saem de abrigos – Notícias

02/09/2025 – 09:45  

Bruno Spada / Câmara dos Deputados

Rogéria Santos é a relatora do projeto de lei

A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que oferece suporte a jovens não adotados que completam 18 anos e precisam deixar instituições de acolhimento.

A proposta cria o Programa Nacional de Apoio a Jovens Egressos de Orfanatos, com o objetivo de garantir uma transição mais segura e autônoma para a vida adulta.

Entre as ações de apoio a esses jovens entre 18 e 29 anos estão:

  •  oferta de moradia temporária por, no mínimo, 24 meses. Nesse período, os jovens serão auxiliados por profissionais a planejar a vida e a carreira;
  • concessão de bolsas de estudo para cursos técnicos e superiores, além de acesso a programas de estágio e aprendizado profissional;
  • atendimento psicossocial contínuo e orientação sobre gestão financeira, pessoal e profissional;
  • capacitação, acesso a microcrédito e fundos de investimento social; e
  • parcerias com empresas, organizações da sociedade civil e voluntários, além de incentivos fiscais para as empresas que contratarem os participantes do programa.

Entre outras fontes, o financiamento do programa viria de recursos do Fundo Nacional de Assistência Social, de doações e de parcerias com a iniciativa privada.

Ajustes
Foi aprovado um texto substitutivo apresentado pela deputada Rogéria Santos (Republicanos-BA), ao Projeto de Lei 2694/24, da deputada Yandra Moura (União-SE). O substitutivo faz ajustes técnicos, sem alterar os objetivos centrais da proposição.

Rogéria Santos afirmou que a iniciativa mostra compromisso com a promoção da justiça social, ao enfrentar as vulnerabilidades de uma população invisibilizada pelas políticas públicas.

“Jovens egressos de instituições de acolhimento não podem continuar a ser negligenciados após o fim da tutela estatal”, afirmou a relatora. “Políticas estruturadas e permanentes são imprescindíveis para que tenham acesso a oportunidades reais de emancipação, em igualdade de condições com os demais jovens da sociedade.”

Próximos passos
O projeto ainda será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pelos deputados e pelos senadores.

Reportagem – Noéli Nobre  
Edição – Rachel Librelon

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