quarta-feira, setembro 24

Governo do Brasil saúda países que reconhecem Palestina e pede mais adesões

Em nota, Ministério das Relações Exteriores manifesta expectativa que a solução dos dois Estados possa se concretizar. Para isso, pede que outros países sigam na luta diplomática

Um dos principais temas debatidos na 80ª Assembleia Geral da ONU (AGO), que acontece em Nova York, o reconhecimento internacional e formal do Estado Palestino tem ganhado adeptos nos últimos dias. Em parte, esse resultado reflete o esforço diplomático do Brasil pelo fim da ocupação israelense nos territórios palestinos e o fim dos ataques.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante seu discurso na abertura da AGO, deu destaque à questão e à defesa da criação do Estado Palestino.

Até o momento, 140 países que compõem a ONU já reconheceram o Estado Palestino. O Brasil o reconhece desde 2010, em decisão do segundo mandato do presidente Lula.

Em nota, expedida nesta terça (23/9), o Ministério das Relações Exteriores do Brasil saudou os países que têm aderido ao apelo e exortou os demais a também fazerem o mesmo.

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O reconhecimento, votado em sessão especial realizada na ONU, na terça-feira, não tem apoio dos Estados Unidos. O líder da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, não pôde comparecer por ter tido o visto negado pelo governo estadunidense.

Leia a nota do Ministério das Relações Exteriores:

“O governo brasileiro saúda os anúncios de reconhecimento do Estado da Palestina por França, Bélgica, Andorra, Luxemburgo, Malta e Mônaco, durante participação de seus líderes na Conferência Internacional de Alto Nível para a Solução Pacífica da Questão Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados, em Nova York.

O crescente grupo de países que reconhecem o Estado da Palestina – a exemplo do que fez o Brasil em 2010 – reúne nações que consideram a consecução dos direitos inalienáveis do povo palestino, sobretudo o direito à autodeterminação, um passo essencial para a garantia da paz e da estabilidade no Oriente Médio.

O Brasil expressa a expectativa de que o reconhecimento do Estado da Palestina, já realizado por 159 países, venha a conferir impulso político decisivo para a implementação da solução de dois estados. Insta, dessa forma, todos os países que ainda não o fizeram a seguirem o mesmo caminho. Assinala, ainda, que a viabilidade da solução de dois estados depende de cessar-fogo imediato e permanente na Faixa de Gaza, libertação dos reféns remanescentes, acesso desimpedido de ajuda humanitária e retirada completa das forças israelenses do território.”

 

Crédito: Agência Gov

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