quinta-feira, outubro 16

Governo mobiliza R$ 2,2 milhões e força-tarefa para combater praga “vassoura-de-bruxa”

Metade dos municípios do Amapá tiveram situação de emergência reconhecida devido à infestação da praga “vassoura-de-bruxa” nas lavouras de mandioca. A portaria nº 3134, assinada nesta quarta-feira (15) pela Secretaria de Proteção e Defesa Civil, formaliza a crise que atinge a principal fonte de renda de produtores rurais e comunidades indígenas no estado. O reconhecimento da situação de emergência envolve os municípios de Amapá, Calçoene, Cutias, Oiapoque, Pedra Branca do Amapari, Porto Grande, Pracuúba, e Tartarugalzinho.

Para responder à situação, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, se reuniu com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Carlos Fávaro, para coordenar ações. Eles discutiram, junto a representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), medidas de controle sanitário e financiamento agrícola para as localidades afetadas.

Uma força-tarefa do Governo Federal já está em andamento. “O ministro Fávaro, em nome do presidente Lula, está garantindo todos os recursos necessários da parte sanitária e de pesquisa”, afirmou o ministro Góes. “Quando o Governo Federal e o governo do estado trabalham unidos na ponta, com o produtor, com as prefeituras, nós podemos ter uma resposta mais rápida de combate a essa praga e de restabelecimento da produção no Amapá”, completou.

Para minimizar o impacto da crise sanitária no estado, o ministro Fávaro anunciou um convênio de R$ 2,2 milhões em recursos extraordinários, firmado entre o Mapa e a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Estado do Amapá (DIAGRO). “O Brasil é uma referência mundial na sua defesa agropecuária, graças a grandes parcerias, em um modelo onde há a participação do Governo Federal, junto com os estados e municípios. Não é diferente nessa emergência sanitária que estamos vivendo para a cultura da mandioca”, destacou.

Medidas emergenciais

Os recursos servirão para implementar medidas emergenciais. Entre elas, iniciar o cultivo e distribuição de mudas de mandioca sadias para garantir a segurança alimentar da população, e financiar pesquisas da Embrapa para o desenvolvimento de variedades da raiz tolerantes à praga.

Uma medida importante foi a flexibilização na comercialização da mandioca, solicitada pelo ministro Waldez Góes. Fávaro explicou que a venda direta para o consumidor está autorizada, desde que a mandioca-mansa (macaxeira) seja descascada, cortada e embalada ainda na propriedade rural.

Além disso, o MIDR empenhou recursos para a aquisição de casas de farinhas móveis para mandioca. A iniciativa vai levar a estrutura de processamento diretamente a comunidades agrícolas e indígenas, permitindo que a produção de farinha, tapioca e outros derivados seja feita em um ambiente controlado, diminuindo o risco de contaminação pela vassoura-de-bruxa.

“Com relação à mandioca-brava, também foi autorizado o processamento dela, de forma que a farinha seja feita na região produtora e depois transportada. A comercialização tem, portanto, uma flexibilização, atendendo à demanda dos produtores para manter a renda e também à do consumidor, para que o produto chegue de forma segura e acessível, como é o caso da macaxeira”, concluiu o ministro Fávaro.

 

Crédito: Agência Gov

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