
O Festival de Inovação Política: Bancada Feminina na COP 30, compôs nesta terça-feira (7/10) a programação do Festival Curicaca, promovido pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). O evento, em Brasília, reuniu lideranças políticas, gestoras públicas, parlamentares e representantes de movimentos de mulheres para debater o protagonismo feminino na agenda climática e na construção de um futuro sustentável e igualitário.
Durante o encontro, a ministra das Mulheres, Márcia Lopes, destacou a importância de fortalecer a participação das mulheres nas decisões políticas e ambientais do país e saudou a iniciativa de elaboração da Carta das Mulheres para a COP 30, documento coletivo que expressará as reivindicações e compromissos das mulheres brasileiras diante da crise climática.
A construção da carta é coordenada pelo Grupo Mulheres do Brasil, em parceria com as organizações Quero Você Eleita, AzMina, Elas Pedem Vista e Elas no Poder. O documento será apresentado oficialmente durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em novembro, em Belém (PA).
Protagonismo político
Em sua fala, Márcia Lopes ressaltou que a luta das mulheres por representatividade deve se traduzir em poder de decisão, especialmente diante dos desafios políticos e ambientais.
“A violência política de gênero é muito pesada. No próximo ano, nas eleições, nós não podemos votar em nenhum homem que agrida as mulheres, nem em nenhuma mulher que também não trate da questão da mulher com centralidade. Somos 110 milhões de mulheres neste país, nas mais diferentes diversidades — negras, quilombolas, indígenas, ciganas, com deficiência, idosas, empresárias, professoras. Dar voz a todas é fundamental”, afirmou.
A ministra lembrou que o Ministério das Mulheres está elaborando o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, que será construído de forma participativa a partir das deliberações da 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, realizada em setembro, em Brasília.
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Gênero e clima
Márcia Lopes destacou ainda o papel das mulheres na transição ecológica justa e na prevenção de desastres ambientais, reforçando que as desigualdades de gênero agravam os impactos da crise climática.
“A relação entre gênero e clima tem uma simbiose muito forte. As mulheres podem e devem se envolver nas iniciativas de prevenção, orientação e gestão territorial. Estamos preparando uma solução para o mundo: um protocolo de enfrentamento às emergências e desastres, porque sabemos que, em situações de crise ambiental, quem mais sofre são as mulheres”, ressaltou.
A ministra lembrou que o Ministério das Mulheres coordena o Plano de Ações Integradas Mulheres e Clima, que reúne dez ações voltadas à justiça climática com equidade de gênero. Entre elas estão formações em diplomacia popular com foco em gênero e clima, a realização do Gender Day — que ocorrerá durante a COP 30, em Belém —, além de seminários e ações de fortalecimento das redes de mulheres.
Ao encerrar sua participação, Márcia Lopes reafirmou o compromisso do governo federal com o enfrentamento à violência e a promoção da autonomia das mulheres.
“Nenhuma violência contra a mulher. Não deixem chegar ao fim da linha. Ligue 180. Tudo o que queremos é alcançar a igualdade de gênero e assegurar o protagonismo das mulheres. Queremos uma sociedade em que as mulheres se sintam livres, respeitadas e valorizadas, colocando todo o seu potencial a serviço da vida e da democracia”, reforçou.
5ª Semana Nacional da Educação Profissional e Tecnológica
Antes do encontro da Bancada Feminina na COP 30, a ministra participou da cerimônia de abertura da 5ª Semana Nacional da Educação Profissional e Tecnológica (SNEPT), também realizada na Arena BRB Mané Garrincha, em Brasília (DF).
Com o tema “Juventudes que inovam, Brasil que avança”, o evento é uma iniciativa do Ministério da Educação (MEC) e ocorre em conjunto com o Festival Curicaca, promovido pela ABDI.
Na ocasião, o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou uma série de ações que conectam educação, tecnologia, inovação e mercado de trabalho, entre elas a criação da Universidade Inovadora, que abrirá 5 mil novas vagas em cursos de biotecnologia, engenharia, robótica e inteligência artificial, a serem ofertadas já no Enem 2025.
Também participaram da abertura o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Geraldo Alckmin; a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos; a reitora da Universidade de Brasília (UnB), Rozana Reigota; a reitora do Instituto Federal de Brasília (IFB), Veruska Machado; o presidente da ABDI, Ricardo Cappelli, além de autoridades locais, estudantes, professores e parlamentares.
Crédito: Agência Gov
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